7º Artigo no Diário dos Açores
Conselhos de médico - OBESIDADE
1 – Obesidade ( CID – E66) e excesso de peso. A obesidade é uma condição médica em que se verifica acumulação excessiva de tecido adiposo ao ponto de poder ter impacto negativo na saúde (Wikipédia);
2 – As causas principais são 3: a) Excesso de ingestão de calorias; b) Diminuição da atividade física); C – Genes. O nosso ADN. Vale a pena debruçarmos um pouco sobre cada uma destas causas.
a) Excesso de calorias. O excesso de energia que consumimos hoje está relacionado com o nosso modo de vida. O nosso ADN está “programado” para fazer como o camelo antes de ir para o deserto que bebe uma grande quantidade de água, que acumula, para o organismo utilizar quando precisar. Só que no nosso caso só raramente no mundo ocidental é que isso se passa, pois estamos constantemente a ingerir e “nunca” gastamos o que está acumulado sob a forma de gordura. Infelizmente ainda existe muita fome por esse mundo fora, enquanto em outros sítios se desperdiça em demasia.
b) Diminuição da atividade física. Os nossos antepassados longínquos estima-se que percorressem diariamente entre 10 a 14 km para encontrar os alimentos que precisavam para sobreviver. Hoje recomenda-se que a pessoa faça um mínimo de 10.000 passos / dia (cerca de 7 a 8 km). Depois de nos tornarmos sedentários, com a revolução agrícola ( há milhões de anos ), passamos a ter a comida “à mão”. Hoje basta ir ao frigorífico ou no máximo ao supermercado, e vamos de carro …!!!
c) Genes. O povo costuma dizer que “tenho tendência para engordar, é de família”. E é verdade. É mesmo de família. Até o cão e o gato são gordos…!!! É da comida em excesso que sobra…!!! Esta não é da minha autoria. É de um colega meu de endocrinologia. O problema é que os genes só se manifestam se se associar os outros dois fatores;
3 – A obesidade está associada a uma série de fatores de risco para doenças cérebro vasculares (AVC, Enfartes), diabetes tipo II, depressão e certas formas de cancro;
4 – Nota: A chave é diminuir a ingestão e aumentar o gasto energético através do exercício físico …!!! Neste estado de emergência o exercício está mais condicionado, então vamos também condicionar a ingestão calórica.
António Raposo, médico fisiatra.
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