Encontro 45
Com o Café Aliança fechado, eu e a Jaqueline temos conversado através da webcam, como fazem agora os políticos nas suas conferências e não só.
Quando abri a webcam fiquei surpreendido ao ver a Jaqueline tão bem vestidinha e com uma maquiagem de se lhe tirar o chapéu. Estava linda de verdade. Mas, afinal, o que se passava com a Jaqueline neste dia primeiro de abril?
Confidenciou-me que ia dar uma furada na sua quarentena e que estaria na rua para pregar umas petas (mentiras) em pessoas amigas, como sempre o faz todos os anos.
Mas, Jaqueline não pode sair de casa porque a polícia vai-te pegar. Jaqueline deu uma gargalhada. A polícia? “Carago, são meus amigos e sabem que não lhes prego uma peta”.
Também confidenciei à Jaqueline que tinha saudades quando, no meu jornal, neste dia 1 de abril, escrevia a mentira. Era quase sempre eu. E confesso que me safava bem. Nesse sentido, é sempre necessário muito engenho.
Despedi-me da Jaqueline, formulando votos para que não fosse parar à esquadra, até porque os meus amigos policiais já estão todos aposentados.
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