BEM CONSERVADA
Hoje, fui às compras. Nada excepcional, mas o que eu vi e ouvi, é digno de contar.
Estava a sair com o carro das compras, a fim de me dirigir ao meu carro. Quando, de repente, olhei para o lado oposto, e vi uma fila de pessoas. Então, houve uma senhora que se dirigiu ao securita que estava responsável pela entrada de clientes, e disse-lhe:
- Ó senhor, não me faça estar aqui na fila, eu sou idosa, por isso, tenho prioridade. Responde-lhe o securita:
- E por que a senhora havia de ter prioridade? Faz favor, espere pela sua vez.
- Nada disso! Diz a senhora - Então, há dias, eu estive aqui, e foram chamar-me lá atrás, por causa da idade.
O securita olhou para a senhora, bem como todas as pessoas presentes, e disse-lhe:
- Por causa da idade? A senhora tem é que esperar a sua vez, mais nada. E vai daí, a senhora, diz-lhe
- Eu tenho sessenta e oito anos, acha que não é idade suficiente para ter prioridade?
Por momentos, os olhares direccionaram-se para a senhora, pois ninguém lhe dava mais do que quarenta anos. E acrescenta o securita:
- A senhora que avance. E pediu o cartão de cidadão.
- Está a duvidar de mim? Eu não tenho problema em mostrar-lhe o cartão de cidadão. Não tenho necessidade de mentir.
E não é que a senhora tem mesmo sessenta e oito anos!
Sinceramente, já vi pessoas aparentarem mais novas, mas como aquela senhora, confesso que nunca vi. Baixa, magra, cabelos compridos, louros, bem trajada, rosto bastante rejuvenescido, sem rugas, e muito dinâmica, com energia para dar e vender. Impensável dar-lhe aquela idade. Ao constatarem a realidade, algumas pessoas comentaram:
- Sim senhora! Muito bem conservada. Está de Parabéns! (sorrisos)
19.05.2020
Graziela Veiga
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