como poderei pintar corpos que não vejo
seios que desejo lábios que não beijo
curvas que anseio somente na imaginação
que prodigioso poeta fosse se de uma forma doce
te poetizasse como és da cabeça aos pés
como seria mergulhar nas marés se salgadas não fossem
poderá o prodígio humano num só pano
projetar todo o prazer que se tem ao ver
um corpo desnudado por demais bordado
de curvas sinuosas todas elas maravilhosas
manuseadas por mãos experimentadas
em finas facas talhadas assim trabalhadas
puras artes de filigranas como se fossem escamas
nos talentos manuais das gentes açorianas
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