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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Da escritora Graziela Veiga - Pouco mais a acrescentar...


 Pouco mais a acrescentar...

“Muito complicado 

Anos a sofrer dores; uma quantidade de mudanças em mim. Sem razão ou motivo aparentes. Até que chega um dia que encontras um bom profissional médico que te diz. Dois sentimentos: aquele que sentes um alívio por descobrires finalmente o que tens, e o de "agora como enfrento?". 

Aí entendes que todos os dia há uma batalha a ser vencida!

Medicamentos diários e contínuos... enfim, uma farmácia inteira em cima da mesinha de cabeceira.

Fora isso, os milhares de comentários:"como engordaste?", ou "come, não vai te fazer mal!", "ei, esse cabelo está horrível, a cair. Tanto cabelo que tinhas...", "olha essas manchas que apareceram no teu rosto. O que aconteceu contigo? Não te cuidas?" Tudo isso é verdade. Por isso partilho. 

Doenças silenciosas e invisíveis existem!

Quando tens uma doença invisível, é muito difícil lidar com pessoas ignorantes. Não entendem nem o que acontece com elas. Cansad@ de me dizerem: "foste ao médico?", "experimentaste isto?", "experimentaste aquilo?". Sim, já provei. E continuo a provar, , experimentar e testar de tudo. 

Os médicos dizem que esta doença é para sempre. Que eu não vou curar. No entanto, eu não vou desistir... mas eu quero fazer com que as pessoas percebam que:

a falta de ânimo, querer estar deitad@... uma sesta não vai me curar, mas SIM, vai-me ajudar e muito! No entanto, muitos não entendem e não gostam que eu durma tanto.  Não sou preguiços@. Tomo medicamentos fortes e eles provocam muito sono, o dia todo. Sem falar nas incontáveis noites em que não consigo dormir pela dor. Luto diariamente com a dor, problemas de mobilidade, fadiga, cansaço extremo, além de críticas, muito duras, na maioria das vezes.. E assim tentar ainda, manter o meu emocional equilibrado. A parte mais frustrante é que as pessoas olham para mim e dizem: "não pode ser tão mau; pareces bem". Apesar do fato do meu corpo estar a experimentar uma dor insuportável por todo o lado, claro que eu fico bem. Eu tento ficar bem. SEMPRE! Mas ela está aqui. É uma doença. Invisível. 

Peço desculpa se muitas vezes não vou a eventos que me convidas. Adoraria ir, com certeza, mas um dia quem sabe, entenderás as minhas lutas diárias...

Esta doença afeta-me física, mental e emocionalmente.

Preciso do teu apoio, NÃO do TEU JULGAMENTO!

Se eu cair, não preciso que me levantes. Preciso que te deites no chão comigo, até que eu tenha forças, vontade e ânimo para seguir em frente.

Porque doenças raras auto-imunes NÃO PODEM SER VISTAS MAS SIM SENTIDAS!

Elas estão aí... A atacar silenciosas e a ser extremanente dolorosas.

Nem todos terão tempo para ler este post até o final. Mas, se leste, , eis aqui o meu pedido: por favor, em homenagem a alguém que está a lutar contra:

Psoríase

Osteoporose

Artrite Reumatóide 

Doença Auto-Imune nomeadamente Vitiligo 

Diabetes

Fibromialgia

Asma crónica

Dor Crónica

Endometriose

Esclerose Múltipla

Hipertensão Pulmonar

Síndrome de Fadiga Crónica

Ansiedade

Depressão

PTI

Síndrome do Pânico 

Síndrome de Sjögren 

Lúpus

Nevralgia do Trigémeo 

Dores na Coluna 

Transtorno Bipolar

ou qualquer outra doença que NÃO SE VÊ, copia e cola.

Eu entendo se não copiares e postares. Tudo bem.

Escreve "feito" nos comentários e obrigada pelo teu apoio.

Gostaria de ver cinco dos meus amigos a postar esta mensagem (não compartilhar) para mostrar que estarás lá, se alguém precisar falar. Lutamos por uma destas doenças!

Só quem vive sabe 

Empatia é o nome.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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