ARMADURA D’ALMA
Enxergo-me? A resposta, talvez, pene para me possuir! E o que seríamos nós, enfim, sem as dúvidas que nos restam?
Ligo o micro-ondas.
— Chega! – Grito no apartamento, sem rumo.
— Há caminhos? – Insiste a mente, totalmente sã.
— Não sei. – Respondi, entristecida e assustadoramente viva.
Tu és meu lamentar, és meu desespero, insinuante refletir? Desisto-me? Vivencio-me? Oras, pouco interessa tal jogo de palavras, serei ternura ao fim do mundo!
A armadura d’alma está repleta de sangue, e as atrocidades que cometera me
criam laços de uma luta interminável!
E há luta?
O sangrar destes dizeres me medicam, e às vezes meditam sobre o desespero, festejam numa linha que mais se parece com tal amargor dos dias, inúteis segundos do existir!
E há existir?
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