Nos tempos de agora não é possível pensar no Desporto na Terceira e nos Açores, sobretudo Futebol, sem que me acuda ao espírito o nome, a figura e o papel (jornalístico, sobretudo) do Terceirense e Açoriano, Carlos Alberto Alves da Silva. (Acentuo “terceirense” e só depois “açoriano” porque vou vendo, com
tristeza, a secundarização do patriotismo ilhéu. Primeiro somos da ilha. Só depois é que seremos do resto. A ilha, primeiro. Consequentemente: “terceirense e açoriano”; e português e europeu…). E aquilo que mais admiro nele, para além da competência, é a dedicação e a porfia: um ser cada vez melhor, que em si é desportivismo e virtude.
Hoje o Desporto, e nomeadamente o Futebol, convertem-se na terceira preocupação das pessoas, seja no que tange à prática como no que respeita à informação. É ver a quantidade e variedade de publicações e informação que por aí se serve quanto ao Desporto e ao Futebol. Há quem se baste com ler o jornal desportivo ou a página desportiva do jornal. Por aí se vê a responsabilidade que advém ao jornalista desportivo cujo papel – uma vez que o Desporto é feito por seres humanos e para seres humanos – será não só o de informar mas, pela informação, humanizar. É que, na época em que vivemos, parece que tudo concorre para desumanizar: é a máquina e – permita-se-me que o diga – a política. Sou do tempo em que via com agrado os filiados e simpatizantes de vários clubes confraternizarem entre si e levarem à conta de “desporto” as vicissitudes dos seus clubes e as dos alheios. Do tempo em que “águias” e “leões” (cito por ordem alfabética só porque…) confraternizavam, depois das liças desportivas no “velhinho municipal”, nas baiucas uns dos outros. Hoje, que também tenho o meu clube e a minha cor – os desde sempre – , temo ser segregado, se não mesmo – e seria o menos – , ser mal visto só por isso
Actualmente, o raio da “partidarite” política, por via da qual parece que se vê não opositores e adversários mas só inimigos, deu cabo da convivência fraterna e amiga: fala-se mal dos outros, quando não mesmo os odiamos. Já se não “brinca” na política, como antigamente se “brincava” com o desporto. Temo, a sério, que a “partidarite” política possa vir a contaminar, letalmente, a convivência fraterna e amiga de filiados e simpatizantes de diferentes clubes. Seria a “clubite”! Seria o fim do Desporto com maiúscula.
Parabéns, amigo Carlos Alberto Alves da Silva. E “Muito Obrigado”. Em meu nome e no dos que, porventura, não tem o hábito (virtude?) de admirar e de agradecer.
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