O "homem da rapaqueca"
Das várias áreas, ao longo deste meu percurso que já leva quase 48 anos de atividade, conheci vários companheiros com quem fui mantendo uma sã amizade, maior incidência aqueles que, tal como eu, passaram pela vertente desportiva. Como se sabe, hoje mudei um pouco para outras áreas,
nomeadamente no que concerne à minha assídua presença no PortalSplishSplash (www.portalsplishsplash.com), portal esse que tem uma forte ligação ao cantor Roberto Carlos.
Ora, faz tempo que, em Lisboa, vítima de doença incurável, faleceu o radialista Jorge Perestrelo, homem da TSF e que, em termos de relatos radiofónicos, serviu a Ratel Publicidade, uma das primeiras empresas do Paulo Pacheco que tinha uma admiração muito grande pelo Jorge Perestrelo que ficou conhecido pelo “homem da rapaqueca”, visto que transformou a bola em “rapaqueca”. Era assim que ele relatava com toda a sua graça. Pelo seu próprio estilo de conduzir o relato de um jogo de futebol, Jorge Perestrelo transformou-se numa figura inigualável.
A última vez que estive com o Perestrelo remonta ao ano de 1981-82 (por aí...) quando acompanhei o Lusitânia, na II Divisão, numa deslocação a Sines onde defrontou a equipa local, o Vasco da Gama, com vitória dos vascaínos por 2-1. O tal jogo fatídico para o nosso conhecido Hélio Pereira que se lesionou gravemente (tíbia e perónio) e teve que ser assistido num hospital de Setúbal. Nessa altura, o Lusitânia tinha como treinador Orlando Carvalho Ramin e a comitiva foi chefiada pelo falecido Tenente-Coronel Francisco das Neves Almeida, na época com a patente de capitão.
Acresce dizer que Jorge Perestrelo, que também veio de Angola, sempre recebeu de todos os açorianos, terceirenses em particular, uma enorme estima, pelo seu brilhante profissionalismo e, sobretudo, pelo seu inegável carácter. Por esse fato, não podíamos, de forma alguma, nesta sequência de trabalhos que temos apresentado neste matutino, esquecer em jeito de homenagem póstuma o “homem da rapaqueca”.
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