A HOMENAGEM QUE O ARNALDO MERECEU
Em
muitos dos casos, as pessoas só são reconhecidas pelo seu trabalho após
falecerem. Conhecemos muitos desses casos, a maioria dos quais em que o governo
também optou por esta postura, de todo descabida, mas, como diz o velho ditado,
mais vale tarde do que nunca, pelo menos para satisfação de familiares e
amigos.
Há pessoas que, em serviços públicos, e para apenas falarmos destes neste escrito, se transformam em carismáticos, pela sua maneira de ser, pelo seu empenho no serviço, enfim, por toda uma verticalidade que ao longo dos tempos merece de todos os maiores encómios, inclusive dos superiores hierárquicos, não esquecendo aqui, de forma alguma, os colegas de trabalho e os amigos que os rodeiam.
Numa das minhas passagens vespertinas pelo facebook, deparo com uma notícia que me deixou altamente satisfeito, pelo ato e fundamentalmente pela pessoa em si, pessoa essa que conheci bem de perto quer como funcionário camarário quer também na qualidade de indefectível sportista (e óbvio benfiquista). Completando 40 anos de bom e efetivo serviço na Câmara Municipal de Angra, o Arnaldo foi homenageado. Arnaldo que manda a verdade dizer foi um dos mais conhecidos funcionários da edilidade angrense e que, ao longo de oito lustros, conheceu vários presidentes e vereadores, tendo, com a sua postura de homem digno, granjeado inúmeras amizades. Nesse sentido, e em relação à referida homenagem, li no facebook um interessante testemunho do ex-vereador socialista, Luís Mendes.
Reencontrei o Arnaldo (Arnaldinho para alguns), em dezembro de 2010 no Aliança e, com a minha pitadinha de brincalhão, perguntei se ele já tinha chegado a presidente da Câmara Municipal. Com o seu sorriso de simplicidade, o Arnaldo respondeu que “estava a chegar o tempo de ir para a aposentação”, de todo merecida, acrescentei naquele preciso momento.
O Arnaldo também é reconhecido no Sport Club Angrense pela sua dedicação e consequente colaboração. Pelo que constatei nas vezes que passei pelo emblema da Rua de São João (treinador e secretário-técnico), o Arnaldo sempre esteve presente. Quando era solicitado para uma tarefa ocasional, não se esquivava e respondia PRESENTE com um sorriso nos lábios. De fato, um sportista dos sete costados. Quando há uns anos atrás estive na sede do Angrense com o Humberto Coelho e o Alberto Coronel (em representação do jornal A Bola e, também, por indicação da firma J. Moura Limitada, através de Gustavo Manuel Moura), o Arnaldo lá estava para cumprimentar o então capitão do Benfica, na companhia de outros sócios e simpatizantes do Angrense que, para o efeito, acorreram à sede do clube para receberem efusivamente um dos maiores futebolistas portugueses da sua geração.
Já estou fora da ilha Terceira (embora sempre presente diariamente através do facebook e dos jornais locais) há sensivelmente doze anos (Coimbra-Figueira da Foz-Faial-Brasil) e, portanto, desconheço se esse amor clubista, saído do coração do Arnaldo, já foi reconhecido publicamente. Se isso não aconteceu, não tenho a menor dúvida de que a atual direção estará atenta para fazê-lo.
Amigo Arnaldo, daqui do Brasil onde me encontro as minhas felicitações e creia-me seu amigo. Quando li a notícia no facebbok, parti logo para o computador para alinhavar este artigo. Bem mereces Arnaldo, esta declaração de amizade sincera.
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