Eu e o Gato nos bailinhos
do ano que vem
A ideia inicial da crónica era fazer a coisa
pegando num bailinho que tinha assistido ao vivo. Embora ainda sem atingir o
estatuto de morto, a boa verdade é que só consegui assistir a bailinhos e danças
via televisão, à boleia da competência e profissionalismo dos colegas da VITEC.
A minha participação carnavalesca, na pele de
um padre (batina a rigor) e de uma peruca branca (adquirida em Espanha, mas
momentaneamente em parte incerta) gentilmente emprestados pela colega Marina,
desenrolou-se na rua do meu homónimo, também conhecido por marchar nas
Sanjoaninas.
Antes de voltar aos bailinhos, tenho de
felicitar a iniciativa dos proprietários de quatro bares da rua de São João,
que proporcionaram uma noite de excelência aos milhares de fantasiados e afins.
Ok. Vamos, então, aos bailinhos e danças em
forma de teatro popular. Do que me foi dado observar, só tenho a escrever bem.
Ótimos músicos, enredos cheios de graça,
representações excecionais e guarda-roupas de encantar. Vinte valores para tudo
e todos e, num ápice, parto para as novidades do Carnaval/2018.
Para já, defendo a construção imediata de uns
100 hotéis instantâneos porque a Terceira arrisca a promover o maior
acontecimento turístico à escala planetária.
Não vou
alimentar mais a expetativa. Aqui segue a revelação bombástica – para o ano,
surgirá nos palcos um bailinho de Carnaval protagonizado pelo João Rocha (vulgo
eu próprio) e o meu professor do cadeirão Lógica Filosofal, o reputado Doutor Jorge
Gato.
Sem entrar em miudezas artísticas, posso
adiantar que o enredo (escrito por Camões ainda em vida) dissertará sobre tudo
em geral e nada em particular.
A duração não ultrapassa os 5,14 minutos e os
atores, para bem do público, nem abrem a boca durante a exibição. Preferimos
dar o protagonismo a um gravador, que dará som a um conjunto de anedotas.
O condutor da viatura e carregador do gravador
será um micaelense, pela sua reconhecida capacidade laboral. Convém informar a
disponibilidade total minha e do catedrático Gato em interagir com os
espetadores, caso alguém na plateia pretenda pagar uma rodada.
Esperamos, ainda no contexto dos
secos/molhados, a oferenda de reforçadas mesas nas sociedades e casas do Povo,
já que está sem falar dá uma trabalheira dos diabos e muita sede.
O título, pelo menos provisório, será assim:
“Sem palavras e com muita garganta”.
Sem comentários:
Enviar um comentário