Alex, general do Lusitânia
No futebol, ser “capitão” equivale ao posto
de general. O “capitão” é como se fosse dois em um – jogador e, ao mesmo tempo,
extensão do treinador em campo.
Além da duplicidade de tarefas, quem enverga
a braçadeira tem, ainda, muitas outras incumbências.
Tem de liderar os seus colegas, tentar
estabelecer diálogo com o árbitro e impor respeito aos adversários.
Há um jogador na jovem equipa do Lusitânia
que faz tudo isso e mais algumas coisas. Chama-se Alessandro Giuseppe Ramos
Spencer, mas o nome de guerra é simplesmente Alex.
Celebra 38 anos na próxima 2ª feira, dia 15
de maio e, por mais incrível que possa parecer, nem precisa de usar braçadeira
para ser o “verdadeiro capitão”.
Sem qualquer desprimor para o jovem e talentoso
Diogo Picanço (titular em exercício da braçadeira de “capitão”), Alex ocupa na
realidade o posto de general do exército futebolístico lusitanista.
Tenho a certeza absoluta de que o competente
treinador João Eduardo Alves vê-se representado por Alex nas quatro linhas.
Serve de correia de comando das ordens
técnicas e de farol em relação aos companheiros de luta.
A defesa, médio ou avançado dá tudo o que há
para dar. Serve de exemplo constante para todos os colegas mais novos.
Dá o corpo às balas e enfrenta sozinho o
resto do mundo em caso de necessidade.
Torna-se impossível manifestar maior entrega
ao jogo. É esforço, suor, lágrimas e amor pela causa do Lusitânia, a maior
força desportiva do arquipélago dos Açores desde 1922.
Com um general deste calibre (a que se junta
a mais valia de marcar golos decisivos), qualquer batalha pode ser vencida. A
começar pela de amanhã, em Alcobaça, em compromisso derradeiro do Campeonato de
Portugal.
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