MADRE TEREZA:
Senhor
Amo a vida, a noite,
a lua e as estrelas
deixa-me entrar na morada
do cântico dos cânticos.
Desde o embrião do pensamento
até as supostas
fantasias de prazer,
Tudo é energia...
Claro!
Sou semente da árvore
original,
Tu, que concedes o sopro da
vida,
mostra-me
a nau da frota dos sonhos,
quero chegar
ao Santuário do amor.
Vou em busca
do abraço sexual divino,
sem ele
não há ressurreição.
Amém.
MARIA RITA – Que linda oração,
Madre Tereza!
MADRE TEREZA – É de Neuza
Almeida Laboissière de Carvalho.
MARIA RITA – Olha quanta coisa
linda nós aprendemos neste mosteiro. Vou sentir saudades daqui.
MADRE TEREZA – Eu também,
noviça Maria Rita.
(MÚSICA – LÁ ONDE A NEVE CAI)
(ENTRAM AS FREIRAS COM A
ÁRVORE DE NATAL ENFEITANDO-A, FREI LUÍS ENTRA COM UM BALAIO DE CHUCHU)
FREI LUÍS – Foi isto que a
senhora me pediu Madre Pietra?
MADRE PIETRA – Foi sim.
Crianças! Vamos montar um presépio.
(TODOS AJUDAM COM AUXÍLIO DE
PALITOS DE FÓSFORO)
MÚSICA: (BATE O SINO)
FREI ALFREDO – Crianças, vamos
ensaiar para a grande noite de Natal. (SAEM)
MADRE TEREZA – Madre Justina,
já preparou o poema Despedida para a Noite da Poesia?
MADRE JUSTINA – Como diz Edson
Gonçalves Ferreira no seu poema:
Despedida
Nunca vou dizer adeus para
ninguém
tristeza não amarga minha boca
mais
a ideia de minha mãe dormindo
na cama
pro nunca mais eternizou
vida não se mede com o relógio
eternidade é o dizer te amo
sem o corpo
sentimento é bem mais dentro
coisa mais sagrada da vida.
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