DR. FRANCISCO COELHO - Não lhe passava pela cabeça
ser presidente da ALRA
(Publicado na Domingo, dia 27 de Novembro de 2011, no jornal A União, por
Carlos Alberto Alves)
Na mente de alguns leitores (pessoas amigas), por certo esta frase é retida:
“ele só conta episódios passados com os outros”. Na verdade, não é bem assim.
Porém, e para manter esse tal equilíbrio que sempre se deseja, hoje narro uma
história que aconteceu por ocasião do I Encontro dos Jornalistas Açorianos,
realizado na cidade de Ponta Delgada, evento que reuniu jornalistas de todas as
ilhas açorianas, com maior representatividade para São Miguel (em sua própria
casa) e Terceira.
Na distribuição dos quartos, e porque representávamos o mesmo jornal, na
circunstância este matutino (então vespertino), coube-me por companheiro de
aposento o mais jovem escriba da altura, o nosso bom amigo Francisco Coelho, do
qual desconhecia algumas “artes” de brincalhão. Mas é sempre bom que isso
aconteça em reuniões desta natureza, o que significa espírito de sã
camaradagem. No entanto, nosso jovem de então numa bela noite, apoiado pelos
“mestres” Luciano Barcelos, Armando Mendes e Paulo Barcelos, decidiu-se por uma
revolução no quarto, desfazendo a minha cama, colocando o colchão encostado à
parede, sapatos pendurados no candelabro, enfim, uma bagunça de todos os
tamanhos e que, claro está, motivou da minha parte certa revolta e desde logo
tomei a minha própria decisão: esta noite não dorme aqui! Claro que o rapazinho
ficou desorientado e, em vez de bater na porta do nosso (naquela noite era só
meu) quarto, foi para a que ficava ao lado, exatamente onde dormia o Armando
Amaral e a sua esposa, portanto, pais do Constantino Amaral. Eu só o ouvia
dizer: “ó chefe, abre a porta”. Até hoje, não sei qual a desculpa que ele
apresentou a esse decano dos jornalistas açorianos. Mas antes eu havia
informado a recepção do Hotel Canadiano do sucedido. O senhor Pavão ria que se
fartava, pois já tinha conhecimento da engendrada “maldade” que o “grupo dos
quatro” (Luciano Barcelos, Paulo Barcelos, Armando Mendes e o dito cujo) tinha
preparado para a minha pessoa. O rapazinho acabou por dormir no quarto do
“crime”, mas não se livrou de colocar o colchão no seu devido lugar, fazer a
cama, arrumar os sapatos no seu devido lugar e, também, deixar o quarto como
estava dantes, de mala arrumadinha. E eu sentado de cadeira a ver todo este
espetáculo. Depois foi a minha vez de entrar na forte risada.
Tempos que já lá vão. O bom amigo Francisco Coelho, que volvidos alguns meses
partiu para Lisboa para cursar Direito, nunca pensou que um dia iria assumir o
cargo de presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRA), cargo
que desempenha com bastante eficiência. E, hoje, talvez nunca pensasse que o
“chefe” (como ele me tratava) iria trazer à estampa esta diabólica história.
Assim, as simpáticas filhas, que ele tanta adora, ficarão, a saber, que o pai,
quando jovenzinho, não era nenhum santinho. Também fazia das suas.
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