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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A Terceira tem talentos - Dr. Francisco Coelho


DR. FRANCISCO COELHO - Não lhe passava pela cabeça ser presidente da ALRA 


(Publicado na Domingo, dia 27 de Novembro de 2011, no jornal A União, por Carlos Alberto Alves) 

Na mente de alguns leitores (pessoas amigas), por certo esta frase é retida: “ele só conta episódios passados com os outros”. Na verdade, não é bem assim. Porém, e para manter esse tal equilíbrio que sempre se deseja, hoje narro uma história que aconteceu por ocasião do I Encontro dos Jornalistas Açorianos, realizado na cidade de Ponta Delgada, evento que reuniu jornalistas de todas as ilhas açorianas, com maior representatividade para São Miguel (em sua própria casa) e Terceira.
Na distribuição dos quartos, e porque representávamos o mesmo jornal, na circunstância este matutino (então vespertino), coube-me por companheiro de aposento o mais jovem escriba da altura, o nosso bom amigo Francisco Coelho, do qual desconhecia algumas “artes” de brincalhão. Mas é sempre bom que isso aconteça em reuniões desta natureza, o que significa espírito de sã camaradagem. No entanto, nosso jovem de então numa bela noite, apoiado pelos “mestres” Luciano Barcelos, Armando Mendes e Paulo Barcelos, decidiu-se por uma revolução no quarto, desfazendo a minha cama, colocando o colchão encostado à parede, sapatos pendurados no candelabro, enfim, uma bagunça de todos os tamanhos e que, claro está, motivou da minha parte certa revolta e desde logo tomei a minha própria decisão: esta noite não dorme aqui! Claro que o rapazinho ficou desorientado e, em vez de bater na porta do nosso (naquela noite era só meu) quarto, foi para a que ficava ao lado, exatamente onde dormia o Armando Amaral e a sua esposa, portanto, pais do Constantino Amaral. Eu só o ouvia dizer: “ó chefe, abre a porta”. Até hoje, não sei qual a desculpa que ele apresentou a esse decano dos jornalistas açorianos. Mas antes eu havia informado a recepção do Hotel Canadiano do sucedido. O senhor Pavão ria que se fartava, pois já tinha conhecimento da engendrada “maldade” que o “grupo dos quatro” (Luciano Barcelos, Paulo Barcelos, Armando Mendes e o dito cujo) tinha preparado para a minha pessoa. O rapazinho acabou por dormir no quarto do “crime”, mas não se livrou de colocar o colchão no seu devido lugar, fazer a cama, arrumar os sapatos no seu devido lugar e, também, deixar o quarto como estava dantes, de mala arrumadinha. E eu sentado de cadeira a ver todo este espetáculo. Depois foi a minha vez de entrar na forte risada.
Tempos que já lá vão. O bom amigo Francisco Coelho, que volvidos alguns meses partiu para Lisboa para cursar Direito, nunca pensou que um dia iria assumir o cargo de presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRA), cargo que desempenha com bastante eficiência. E, hoje, talvez nunca pensasse que o “chefe” (como ele me tratava) iria trazer à estampa esta diabólica história. Assim, as simpáticas filhas, que ele tanta adora, ficarão, a saber, que o pai, quando jovenzinho, não era nenhum santinho. Também fazia das suas.


Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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