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terça-feira, 31 de outubro de 2017

De um livro que não foi publicado


No Canadá - uma polícia-montada
Na última viagem ao Canadá, reporta a 1997, a caminho de uma reportagem, o carro que nos levava, dirigido pelo bom amigo Carlos Costa, foi interpelado por uma mulher-polícia, montada num bonito cavalo. Alegou que o Carlos tinha
ultrapassado o limite da velocidade. Explicamos o porquê, sendo jornalistas portugueses em reportagem no Canadá e estávamos ligeiramente atrasados. Ela não quis saber de histórias (até veras e bem contadas) e pedi os documentos ao Carlos Costa, mas sempre montada no seu cavalo. Fiquei irritado e acabei por ser eu a dizer à polícia que, efetivamente, ela tinha uma escrevaninha (em Portugal, por norma, dizemos secretária) muito alta. O Carlos Costa teve que esticar o braço direito muitas vezes para entregar e receber os documentos solicitados. Trinta dólares de multa. Ainda perguntei se não tinha direito a um desconto, pelo fato da secretária ser tão alta. A polícia fez uma cara de poucos amigos. Com o dedo, fiz uma coisa feia, que ela não percebeu. Não para o cavalo, mas sim para ela. Um cavalo a servir de escrevaninha. É assim a polícia no Canadá. Estive prestes a sair com esta: se ela queria montar no meu cavalo, mais confortável e bem domado pelo dono. Era capaz de não entender a minha ironia, ou seja, o meu cavalo, guardado no meio das duas pernas.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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