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Canadá - uma polícia-montada
Na
última viagem ao Canadá, reporta a 1997, a caminho de uma reportagem, o carro
que nos levava, dirigido pelo bom amigo Carlos Costa, foi interpelado por uma
mulher-polícia, montada num bonito cavalo. Alegou que o Carlos tinha
ultrapassado o limite da velocidade. Explicamos o porquê, sendo jornalistas
portugueses em reportagem no Canadá e estávamos ligeiramente atrasados. Ela não
quis saber de histórias (até veras e bem contadas) e pedi os documentos ao
Carlos Costa, mas sempre montada no seu cavalo. Fiquei irritado e acabei por
ser eu a dizer à polícia que, efetivamente, ela tinha uma escrevaninha (em
Portugal, por norma, dizemos secretária) muito alta. O Carlos Costa teve que
esticar o braço direito muitas vezes para entregar e receber os documentos
solicitados. Trinta dólares de multa. Ainda perguntei se não tinha direito a um
desconto, pelo fato da secretária ser tão alta. A polícia fez uma cara de
poucos amigos. Com o dedo, fiz uma coisa feia, que ela não percebeu. Não para o
cavalo, mas sim para ela. Um cavalo a servir de escrevaninha. É assim a polícia
no Canadá. Estive prestes a sair com esta: se ela queria montar no meu cavalo,
mais confortável e bem domado pelo dono. Era capaz de não entender a minha
ironia, ou seja, o meu cavalo, guardado no meio das duas pernas.
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