JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Do poeta-escritor Alexandre Oliveira

 Chivas Regal e Ballantines

Não nos resta dúvidas o que queremos quando longe de casa queremos curtir a vida e como qualquer estrangeiro que se preze é normal relutamos por não conhecermos onde realmente estamos. E nem temos ideia qual a procedência de certas iguarias quando somos servidos fora do no nosso amado Brasil. E somos tão ignorantes
que algumas meninas pedem pratos de tiragosto para
degustarmos junto à cerveja Kirin, e algumas doses de Chivas Regal, e Ballantines.  O que narro agora
aconteceu quando eu e outros colegas estávamos num bar em Singapura, numa farra de final de dia, como fazíamos, baixávamos em terra, fazíamos algumas compras, e íamos logo após beber para desparecer. Bom este dia foi bastante engraçado.  Estávamos acompanhados de algumas meninas, quando se aproximou de mim uma delas com cara de indiana, já aos quarenta minutos daquele tento.


          Uma mulher que parecia mais louca do que eu. E nisto conversa vai e vem, numa boa prosa, num inglês arrastado, num inglês de beira de cais que quase nada se entendia, a língua do maranhão funcionava que era uma maravilha, para quem não entende gesticulávamos o que bem queríamos, e elas naquele instante eram as nossas interpretes. Eu muito curioso, querendo saber de que se tratava aquele petisco perguntei a maluca daquela mulher que iguaria seria aquela que parecia tão familiar, e de repente bastante estranha, esta se fez de desentendida e logo depois latiu como se fosse uma cadela. Pra quê?...
 
Nisto aumentou anda mais minha curiosidade. Ela colocou sua mão à frente fazendo curvas, e latiu. Quando entendi enguei e tentei jogar toda comida para fora. Segundo a mesma aquilo era guisado de cachorro, cobra, e cérebro de macacos. Eu fiquei bom no mesmo instante que entendi o que se passava naquela mesa, e nisto provoquei uma revolução junto aos amigos que estavam sem saber o que estavam comendo. Guisado de vísceras de cachorro; cobra d’água, e cérebro de macacos. Gente, neste momento a cachaça passou de forma que nem mesmo parecia termos bebido. Nada mais queríamos a não ser pagar a despesa e voltar correndo para onde ficávamos, ou seja, no nosso navio. 

E desta forma recordo tal dia. Ninguém de bom censo quis saber de ficar com mulher alguma. Imaginando que elas comiam aquilo como se fosse um manjar dos deuses. Pessoal, quem esta num lugar que de repente não conhece o que se come, por favor, não pense na possibilidade de arriscar.

Lá para aquelas bandas de tudo se toca, não tem bom nem ruim para estes, vemos apenas uma mistura de raças, a comida é realmente estranha, e como bem alguns sabem, o Vap, se mete em cada furada que só mesmo Jesus na causa.
  
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário