JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

E tudo são recordações - Do Azores Digital

DE LONDRES, TORONTO, AÇORES

UM TRIDENTE DE PESO

Sempre recordo o meu saudoso chefe de redação de A Bola, Vítor Santos, com eterna saudade e uma comoção desmedida, própria de quem conviveu de perto com este monstro sagrado do jornalismo desportivo.
Estava eu rolando na cama, às 1H55 da madrugada desta quinta – feira, quando comecei a recordar episódios passados
com o chefe na Travessa da Queimada e, também, nas férias que ele passou na ilha Terceira (após o Mundial da Argentina) e que eu sempre o acompanhei em passeios e jantaradas. Numa bela noite, no restaurante Beira – Mar em São Mateus, ficamos quentinhos. Depois foi só chamar um táxi, deixar o Vítor no Hotel de Angra e eu para a minha residência, No dia seguinte, era outro dia para mais umas passeatas pelos pontos turísticos e umas refeições típicas da ilha.
Nestes contatos com o Vítor Santos, aprendi muito e também tomei conhecimento de muita coisa passada em torno do jornal. Num belo dia, creio que jantávamos na Cocheira Alentejana no Bairro Alto, o Vítor confidenciou-me o quanto admirava três pessoas ligadas ao jornal e foi adiantando os nomes de João Paulo Diniz (Londres), João Lúcio Monteiro (Toronto-Canadá) e Carlos Alberto Alves, eu próprio, nos Açores. Para ele, um tridente de peso de quem o jornal muito beneficiava. No meu caso pessoal, direi que A Bola foi uma ponte significativa da minha carreira jornalística que caminha para os 52 anos.

No que concerne aos meus outros dois colegas citados pelo chefe, óbvio que tive contatos com o João Lúcio, quer em Toronto (1977 e 1984) quer na ilha Terceira por duas vezes. A primeira quando lançou o seu livro de poemas e que passou um dia pela ilha a caminho de Lisboa. A segunda, acompanhando o Vitória de Setúbal que realizou um jogo particular com o Lusitânia no Estádio João Paulo II. Estivemos juntos no jogo e, à noite, foi meu convidado para jantar. Em Toronto, João Lúcio em 1977 apresentou-me em público na sede do First Portuguese Canadian Clube e, em 1984, a cena repetiu-se no Lamport Stadium. E aqui foi interessante que recebi alguns amigos emigrados que desconheciam a minha presença. Obrigado, João por todo o carinho que me dispensaste. Obrigado, Vítor Santos por todos os teus ensinamentos, revelações e, sobretudo, por me considerares um irmão do peito. Jamais deixo de pensar em ti. Aliás, o mesmo sucede em relação ao Alfredo Farinha. Afinal, aprendi muito com estes dois monstros sagrados do jornalismo.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário