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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Flashes do livro que não foi publicado

Desligar o despertador


Em 1984, estive na Horta com Rui Santos, então meu companheiro de “A Bola’, sobrinho do chefe de redação, Vítor Santos, já falecido, como já referi”. Dividimos o mesmo quarto na Estalagem de Santa Cruz. Eu sempre acordei
cedo, ainda hoje o faço pelas seis da manhã. Nunca precisei de despertador. O Rui ligava o despertador do rádio e eu, quando ele adormecia, desligava. Acordava, fazia a barba (um ritual de mais de 40 anos), tomava banho e depois chamava o Rui. Então, pá, o despertador não funcionou. O Rui estava intrigado. A cena repetiu-se nos dias seguintes. Cada vez mais intrigado ficou o Rui, porque eu gozava o pratinho por mim preparado. No fim, contei-lhe a verdade. Só me disse: como sempre, és um grande malandro. Mas não digas nada no jornal para não sair nenhuma piada no nosso Cautchu. Só contei ao Vítor Santos e depois, juntos os três, deu mesmo para rir. O Rui nunca havia desconfiado de nada.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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