JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Flashes do livro que não foi publicado

Quando, regularmente, acompanhava o Lusitânia, passava parte das noites na Cova da Onça, na Avenida da Liberdade. Comecei a ir ali por indicação do antigo capitão do Benfica e antigo selecionador nacional, Humberto Coelho, e ainda Alberto Coronel, homem ligado à La Coste e que acabou, tal como eu, por rumar para o Brasil.
Numa bela noite, depois de um jogo, claro está, fomos todos à Cova da Onça. Ninguém pagou a entrada porque eu, como todos lá diziam, já
fazia parte da família da Cova da Onça. O Paulo Massinga atrasou-se e quando chegou à porta, o porteiro, o António, não lhe deixou entrar. Viu aquele matelão, meio de cor, e entendeu que ele seria, na Cova, “personna non grata”. Não sei, ao certo, se foi esse o pensamento do António. Fui chamado e quando cheguei perto do Massinga, disse ao António que ele estava na presença de um dos meus guarda-costas. O António, ato contínuo, saudou o Massinga, tirando o seu boné que fazia parte da indumentária oficial da Cova da Onça. O António só me respondeu: eu não sabia. Tudo bem, António, assunto arrumado. Mas ele é o meu principal guarda-costas, acrescentei. Depois, mandei o Santos (ferrenho benfiquista), empregado de mesa, levar um scotch ao António, oferecido em nome do meu guarda-costas. Por uma noite, Paulo Massinga passou por meu guarda-costas. Confesso que estava bem protegido.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário