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domingo, 12 de novembro de 2017

Luís Bretão - Um Terceirense de Causas

Ilha de São Jorge 

Regina Cunha

O Luís Bretão

O Luís Bretão será sempre para muitos o “Luisinho” da nossa juventude!
Conheci-o miúdo, ainda de calção curto, pois como a irmã, a Maria Manuela, era a minha melhor amiga, andava muito lá por casa.
Na fase de “Luisinho” era um rapazinho muito vivo, e tinha sempre resposta pronta sobre qualquer coisa! Depois, com a idade, torna-se o “Luís Bretão”!
E aí, o seu percurso de vida reveste-se de uma dinâmica digna de registo. Porque, tal como a sua alma irrequieta, ele estava presente em tudo!

E vemo-lo na juventude católica, no desporto, na política, no teatro, na rádio, no folclore, e nas associações de carácter local. E vemo-lo, lado a lado, com as tradições, e com os cantadores e tocadores ao desafio, embalado pelo Pézinho da sua ilha.
A sua maneira de ser é contagiante. Porque ele é ele! Sempre pronto, solícito, amigo, sorridente, e delicado! E a corte de amigos que reúne à volta, é consequência dessa sua maneira de ser. Porque ele é genuíno!
Profissionalmente, aquando na SATA, o seu nome espalha-se pelas ilhas, mas também pelo continente, pelos Estados Unidos e pelo Canadá. Todos o conhecem! Todos contam com a sua amizade! Porque ele resolve tudo, mas tudo, e não complica!
As festas na sua casa são mais uma das suas referências. Afinal, a marca do casal, pois foi bom este “Luís” ter encontrado uma “Luísa” como a que tem!
E todos adoram esse convívio! Por ser diferente, autêntico, terceirense, marcante pelo que significa, pelo que transmite aos outros, particularmente aos que, saudosamente, gostam de olhar para trás, por viverem fora da sua Terceira! Ali se fala e se ouve o gargalhar espontâneo, ali se come e saboreia o que é regional, ali se recorda a doçura da juventude, ali se atenta o dedilhar da velha viola, e ecoam as vozes dos admiráveis cantadores, ali se sacia a saudade! E o à vontade, a atenção e a amizade do Luís Bretão, completam esse cenário de franqueza quase único!
Mais tarde, acometido de doença grave, encontro-o em Lisboa, a entrar de maca para a ambulância. Nem aí o destino o derruba!
Que dizer mais deste Luís, da minha Angra? Que me sinto feliz pelas muitas homenagens que lhe foram feitas, e que sempre que passo pelo Pavilhão de Multiusos, ao qual foi dado o seu nome, o recordo no imediato!
E com todo o meu afecto por esse “rapazinho”, peço a Deus que continue sempre assim, igual a si mesmo, sem nunca se afastar do ritmo do seu “Pézinho” da Ilha!
 Regina Cunha - Velas, São Jorge, 27 de Março de 2014
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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