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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Do poeta-escritor Alexandre Oliveira



Meninos e Meninas

Na verdade quando a gente escreve um livro seja ele o gênero que for ele jamais é de quem escreve o livro. Por isto eu acredito que aquele que lê poderia ao menos entender o sacrifício que passa aquele que têm em mãos o oficio de escrever devido à responsabilidade de passar para o leitor seu melhor escrito. Isto desde o momento que você entende que não se escreve um livro de um dia
para uma noite, a gente vai escrevendo página por página, dá uma pausa, depois torna a escrever e tudo isto para estar bem na fita com aquele que se depara com o que nos propusemos minuciosamente contar, a versar, e isto é gratificante.
     Pois para quem escreve o pagamento é o comentário feito pelo leitor, tal qual o pagamento do ator, este poderá ganhar alto cachê, mas o cachê maior para ele é quando seu trabalho é  reconhecido pelo público que o assiste e os mesmo reverencia com aplausos, respeitando o mesmo. Hoje eu fiquei bastante triste por causa de meia dúzia de pessoas que ignoraram  um simples convite que fiz para um lançamento de um livro que escrevi durante algum tempo pensando em momentos vivenciados junto a eles, registrei fatos neste livro de todos os momentos ao lado deles.
     Na verdade eu escrevi um livro dedicado a eles que foram meninos e meninas  da minha época de moleque. Daqueles moleques que não sabem fazer outra coisa a não ser brincar juntando palavras e tecendo uma colcha de retalhos com todas as palavras que conheça editando um livro que é mais seu que meu.
     O escritor tem disso, sabe?...

Ele se doa a você. O livro que escreve não é dele é todo do leitor. E pensando desta forma eu continuarei a escrever a todo o momento que eu possa sem me afligir com o que pensa os outros.  O que vejo é que poucos escrevem, e alguns chegam a nos plagiar. Não é conversa. Em todo lugar você conhece algo podre, algo que se mistura com a gente ás vezes colocando meia dúzia a perder o interesse da leitura por encontrar peças tão raras, ainda bem que este não se cria no nosso meio.  
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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