Meninos e Meninas
Na verdade quando a gente escreve um
livro seja ele o gênero que for ele jamais é de quem escreve o livro. Por isto
eu acredito que aquele que lê poderia ao menos entender o sacrifício que passa
aquele que têm em mãos o oficio de escrever devido à responsabilidade de passar
para o leitor seu melhor escrito. Isto desde o momento que você entende que não
se escreve um livro de um dia
para uma noite, a gente vai escrevendo página por
página, dá uma pausa, depois torna a escrever e tudo isto para estar bem na
fita com aquele que se depara com o que nos propusemos minuciosamente contar, a
versar, e isto é gratificante.
Pois para quem
escreve o pagamento é o comentário feito pelo leitor, tal qual o pagamento do
ator, este poderá ganhar alto cachê, mas o cachê maior para ele é quando seu
trabalho é reconhecido pelo público que
o assiste e os mesmo reverencia com aplausos, respeitando o mesmo. Hoje eu
fiquei bastante triste por causa de meia dúzia de pessoas que ignoraram
um simples convite que fiz para um lançamento de um livro que escrevi durante
algum tempo pensando em momentos vivenciados junto a eles, registrei fatos
neste livro de todos os momentos ao lado deles.
Na verdade eu escrevi
um livro dedicado a eles que foram meninos e meninas da minha época de
moleque. Daqueles moleques que não sabem fazer outra coisa a não ser brincar
juntando palavras e tecendo uma colcha de retalhos com todas as palavras que
conheça editando um livro que é mais seu que meu.
O escritor tem disso,
sabe?...
Ele se doa a você. O livro que escreve não é dele é
todo do leitor. E pensando desta forma eu continuarei a escrever a todo o
momento que eu possa sem me afligir com o que pensa os outros. O que vejo
é que poucos escrevem, e alguns chegam a nos plagiar. Não é conversa. Em todo
lugar você conhece algo podre, algo que se mistura com a gente ás vezes
colocando meia dúzia a perder o interesse da leitura por encontrar peças tão
raras, ainda bem que este não se cria no nosso meio.
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