O velho
Max da ilha da Madeira
Por: Carlos Alberto Alves
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Em tempos de outrora, falando aqui da
década de 50, a ilha da Madeira era muito conhecida através de um único clube
de futebol, o Clube Sport Marítimo. Naquele tempo, que ainda hoje deixa
saudades a muito boa gente, muito se badalava sobre o “trio maravilha” formado
por Chino, Checa e Raúl Tremura. Chino que, inclusive, chegou a pontificar no
Sport Lisboa e Benfica. Chino que, após ter arrumado as botas, e na sequência
do 25 de Abril de 1974, passou a ser funcionário do Governo Regional da
Madeira, trazido pela mão do então (e ainda lá continua) presidente Dr. Alberto
João Jardim. Mas, voltando ao passado, na referida década ninguém sonhava que
esse “enfant terrible”, que se formou em direito, chegaria a presidente do
governo. Ele que, afinal, é um fervoroso adepto do Marítimo.
Mas, para mim, na altura uma das
grandes figuras da Pérola do Atlântico chamava-se Maximiano de Sousa,
vulgarmente conhecido por Max e que o Brasil da época bem conheceu. Max fez
parte de uma plêiade de artistas portugueses que se exibiram em Terras de Vera
Cruz, alguns dos quais permanecendo por largo tempo.
Max participou em alguns filmes
portugueses e, das suas muitas canções, há uma que era ouvida com muita
frequência pela sua originalidade. Trata-se da Mula da Cooperativa, talvez a
que mais celebrizou Max. Sei que isso é discutível, mas trata-se, ao cabo, de
uma opinião meramente pessoal. Do melhor de Max, ainda temos Fado do Zé
Ninguém, Bailinho da Madeira, Bate o Pé, A Coisa, Ilha Bela, Músicos
Madeirenses, Vielas de Alfama, entre outras que se destacaram nos vários álbuns
deste popular artista, sempre venerado pelas gentes da Madeira.
Velho Max, ressuscita porque, como
cantas a dada altura na Mula da Cooperativa, “há por aí tanto crocodilo”. Mas o
melhor é encerrarmos com esta: “vamos é dançar para a gentinha da Madeira”.
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