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domingo, 28 de janeiro de 2018

Recordando um dos meus ídolos - Frank Sinartra


Um peteleco no
pássaro de alabastro
Sinatra é um homem totalmente imprevisível, de humor variável, e que reage por instinto. Uma das histórias que se contam dele, Talese a contou, envolvem uma jovem chamada Jane Hoag, repórter de Life em Los Angeles, e que freqüentava a mesma escola da filha de Sinatra, Nancy. Jane foi convidada a uma festa na casa da senhora Sinatra, em que Frank, que mantém relações cordiais com sua primeira mulher, serviu de anfitrião. No início da festa, Jane
Hoag, apoiando-se a uma mesa, bateu acidentalmente com o cotovelo num par de pássaros de alabastro, um dos quais caiu ao chão, quebrando-se em pedacinhos. Súbito, lembra Jane, a filha de Sinatra exclamou: ‘Oh, era um dos prediletos de mamãe…’ – mas, antes que pudesse completar a frase, Sinatra fitou-a, furioso, forçando-a a calar-se, e, diante de quarenta convidados, que assistiam silenciosos à cena, aproximou-se e, com um peteleco, atirou ao chão o outro pássaro de alabastro, fazendo-o em pedacinhos. Em seguida, passando o braço pela cintura de Jane, disse, para colocá-la totalmente à vontade: ‘Não tem importância, menina’.
 “A violência tem acompanhado Frank há anos (fala Kitty Kelley, biógrafa não autorizada de Sinatra), mas a maioria das pessoas sempre relutou em combatê–lo. Uma pessoa que o fez foi Frank J. Weinstock. Agente de seguros de Salt Lake City, ele processou Sinatra por assalto e agressão, dizendo que Frank dera ordens para que fosse agredido por Jilly Rizzo e Jerry ‘O Demolidor’ Arvenitas, em um restaurante de Palm Springs. Ele disse em sua queixa que estava no banheiro do Trinidad Hotel, no dia 5 de maio de 1973, quando Frank entrou com seus guarda-costas e disse: ‘Aí está o esperto filho da puta que quer interceptar minha mulher’. Frank estava no restaurante jantando com a mulher Barbara Marx e outras pessoas. Weinstock estava com sua mulher e alguns parentes.
– Você está brincando – disse Weinstock. – Você não pode acreditar no que está dizendo. Eu não conheço sua mulher. Eu nunca a vi antes em minha vida. Eu não sei do que você está falando. Olhe, não é você o Sinatra sobre o qual li que pode ter todas as mulheres que quiser? Você quer realmente dizer que tem medo de mim? Eu, um caipira de Salt Lake City, Utah, incomodando um homem poderoso como você?
– Tenha respeito pelo chefe – disse um dos guarda-costas de Frank. – Mantenha suas mãos para baixo se quer continuar a viver, e faça aquilo que dissermos para fazer. Ponha suas mãos para cima e vou quebrar todos os ossos que você tem no corpo.
– Olhe, seu filho da puta, o nome é Frank, ou Senhor Sinatra – disse Frank, que então estalou os dedos para sua turma. – Ok, rapazes – e os três deixaram o banheiro.
 “Minutos depois, de volta ao salão, Weinstock foi agredido por vários homens, que o deixaram com ferimentos, cortes no rosto e marcas por todo o corpo. Aterrorizada, sua irmã correu para Frank.
– Senhor Sinatra, – ela disse – o senhor deve ter cometido um engano. Este é meu irmão. Ajude-o, por favor’.
– Não fale comigo, garota – respondeu Frank.”
Depois disso, termina o relato, Frank e seus amigos foram embora pela porta da cozinha.

Weinstock processou Sinatra e sua turma. No fim do processo, Jilly Rizzo, o dono do Jilly’s e amigo inseparável, foi condenado a pagar 101 mil dólares a Weinstock. Sinatra e Jerry ‘O Demolidor’ foram absolvidos.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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