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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Carlos do Carmo um fadista conhecidos nos quatro cantos do mundo



O REGRESSO DE CARLOS DO CARMO: “FOI PENOSO ESTAR CINCO MESES SEM CANTAR”

 27 DE JULHO DE 2016 (CARAS)

Apesar de ainda coxear ligeiramente – em consequência da operação que fez para colocar uma prótese na anca – Carlos do Carmo, de 76 anos, deixou o público que assistiu à 15.ª Grande Gala do Fado – Carlos Zel completamente rendido ao seu talento. O fadista já tinha uma vontade enorme de regressar aos palcos e fê-lo com mais garra do que nunca.

Ainda a recuperar de uma operação à an­ca e depois de, em 2015, ter sofrido um aneurisma na aorta, Carlos do Carmo está de regresso aos palcos com mais garra do que nunca. “Foi penoso estar cinco meses sem cantar, porque tenho uma enorme paixão pelo faço”, confessou o fadista à CARAS minutos antes de subir ao palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril para a 15.ª Grande Gala do Fado – Carlos Zel, na qual já participou por diversas vezes. “A última vez que cantei foi em janeiro, em Leiria, e a sala estava esgotada há dois meses. Tenho um respeito enorme pelo público! Por isso, fico cada vez mais nervoso antes do início de um espetáculo, porque com o avançar da idade aumenta também o grau de responsabilidade”, revelou, confortavelmente sentado no seu camarim, que partilhou com o amigo Camané. Sobre os planos que tem para o futuro, Carlos do Carmo foi muito pragmático. “Tenho um plano muito interessante: viver! Apesar de tudo o que já passei, sinto-me com bastante energia, com gosto de viver”, fez questão de sublinhar o músico, que vai nos 52 anos de carreira e 76 de vida. Apesar de encarar a morte com muita serenidade, assume que o que mais lhe tem custado é ver os amigos mais próximos a desaparecer. “Não tenho medo da morte, mas ver os amigos a partir é a pior coisa da velhice. Uso uma agenda telefónica de papel e, neste momento, a minha agenda é um autêntico cemitério. Quando pego nela para telefonar a alguém, vejo que mais de metade já cá não está. Faz-me imensa con­fusão”, constatou, emocionado, sem perder, no entanto, a serenidade na voz. Carlos do Carmo foi o último artista a subir ao palco e deixou o público completamente rendido ao seu talento e carisma natural.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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