JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Uma joia açoriana que conquistou Portugal - Carlos Alberto Moniz


CARLOS ALBERTO MONIZ APOIA A FILHA LÚCIA
“Sou um pai muito orgulhoso de todo o percurso que ela tem feito”, afirma.

CARAS 
12 DE NOVEMBRO DE 2016 

No dia em que Lúcia Moniz subiu ao palco para a estreia do musical rock Quase Normal, o pai, Carlos Alberto Moniz, era a presença mais entusiasmada na plateia do Casino Estoril. “O palco é mais um dos lugares onde gosto de a ver. Gosto de estar sempre junto dela, seja a passear, a petiscar ou a vê-la aqui. Estou um pouco nervoso, mas sei que vai correr bem. Sou um pai muito orgulhoso de todo o percurso que ela tem feito”, contou o músico, enquanto
confessava, com humor, que enviou a Lúcia umas flores... virtuais: “Trocámos umas mensagens enquanto ela se estava a preparar e mandei-lhe um ramo de flores daqueles digitais [risos].”
No fim do espetáculo, Carlos Alberto Moniz esperou pela filha e foi notória a cumplicidade entre ambos.

VIDA

NUNCA TIVE CASOS"

Músico e apresentador não descarta hipótese de terceiro casamento


Carlos Alberto Moniz está ligado à música desde pequeno e passou esse gosto aos filhos. Foi casado duas vezes e diz que nunca traiu nenhuma das mulheres. No futuro, não descarta a hipótese de tentar um terceiro casamento.

Correio da Manhã - Teve contacto com a música desde pequeno, nos Açores, onde nasceu...

Carlos Alberto Moniz - Sim, o meu pai adormecia no sofá enquanto o meu avô ensaiava a orquestra. Ele foi-me passando o gosto pela música, que eu, a princípio, rejeitei.

- Mas o seu pai insistiu?

- Ele não desistiu e pôs-me a ter aulas de piano com o maestro Raul Coelho e violino com Manuel Arraial.

- Depois veio para Lisboa...

- Quando fiz 17 anos, vim para Lisboa estudar Agronomia e inscrevi-me no Conservatório de Música .

- E como surgiu a oportunidade de tocar e gravar?

-A Associação Académica da faculdade organizava sessões com Carlos Paredes, Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso, entre outros, e eu fui-me chegando a eles, com a guitarrinha ao colo, para ver se um dia eles me convidavam a tocar. Primeiro, foi o Adriano a convidar--me. Depois o Zeca Afonso ouviu-me, gostou e convidou-me a gravar com ele.

- E como se tornou maestro?

- Como estudei música, comecei a fazer orquestrações para festivais da canção. Depois disso, não parei.

- Como surge a apresentação?

- Surgiu quando nasceu a TVI, pela mão de José Nuno Martins e Roberto Carneiro.

- Passou o gosto música aos seus filhos...

- Sim, estão todos ligados às artes.

- Divorciou-se após casamentos de muitos anos. Foi preciso reaprender a viver sozinho?

- Nunca andei muito sozinho. Enquanto estive casado, nunca tive casos. Mesmo que os casamentos estivessem para acabar há um ou dois anos. Sou fiel.

- Tem alguma relação agora?

- Sim, está quase divulgável.

- Vai casar-se outra vez?

- Porque não? Eu não desisto e até sou bem capaz de me meter noutra. 

"NÃO TENHO MEDO DE ENVELHECER, TENHO PENA"

- Tem medo de envelhecer?

- Não, mas tenho pena porque há muita coisa que quero fazer. É como a morte, não tenho medo, mas tenho pena de não continuar vivo sempre.

- Pensa muito na morte?

- Às vezes lembro-me.

- Faz tratamentos estéticos?

- Uma ‘massagenzita', faço.

- Gosta de se arranjar?

- Gosto de andar bem arranjado, mas não sou de exuberâncias.

- Tem medo da solidão?

- Detesto a solidão e ter de ir a um restaurante e fazer uma refeição sozinho.

- Gosta de receber?

- Quase semanalmente tenho gente cá em casa.

- Sabe cozinhar?

- Muito bem. 

"SOU IRRITANTEMENTE CALMO"

CM - Vai lançar um novo álbum?

C. A. M. - Sim, este álbum tem músicas minhas e letras de poetas da lusofonia.

- Tem um dueto com Max...

- Sim, fiz uma homenagem a Max. Incluí na lusofonia a Madeira, os Açores e o continente.

- Quando sai?

- Talvez em Novembro, não sei. Não estou muito preocupado. Este álbum foi feito com a consciência de que à medida que a idade vai aumentando, cada um pode fazer o que lhe apetecer.

- Sente-se agora com mais liberdade?

- Não, mas agora não estou preocupado porque a carreira como apresentador da TV está a correr-me bem.

- É uma pessoa sem stress?

- Sou irritantemente calmo. Não agrido nem provoco ninguém, mas tenho um péssimo feitio. Se me provocam, respondo violentamente.

- Lamenta alguma coisa na vida?

- Não, não me dei mal com o meu passado. Sou um homem de sorte. Quanto mais trabalho mais sorte tenho. 






Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário