Evidentemente que, a partir dessa época, virei-me
mais para os programas de rádio da única estação existente, o Rádio Clube de
Angra que, aos sábados, transmitia os discos pedidos pelos ouvintes. Quem
queria ouvir uma música preferida, lá enviava até quarta-feira uma carta com a
desejada solicitação e o nome das pessoas a quem a música era dedicada. O
programa chamava-se QUE QUER OUVIR, com início às 19 horas e términus às 21.
Com o tempo-tempo sempre escutava atentamente Roberto Carlos, Erasmo, Agostinho
dos Santos, Agnaldo Timóteo e Ângela Maria. A par de Amália Rodrigues (sempre
ela na vanguarda), muitas preferências musicais incidiam nos artistas
brasileiros. E foi a partir daí que fiquei com o ouvido no Calhambeque. Mai
tarde, já na fase de adolescente-quase-adulto, comprei o LP do Roberto Carlos
que continha a referida música, conforme já contei num anterior BAÚ.
Mas posso garantir que ainda hoje, aos domingos de
manhã, quando ouço Roberto Carlos, escolho sempre o CALHAMBEQUE, a forma de, em
parte, recordar aquele saudoso tempo em que vivíamos com o que tínhamos
inclusive um pequeno receptor que era, ao cabo, e bem vistas as coisas, a nossa
alegria.
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