Qualquer
que seja o jornalista sente-se mais motivado quando é indicado e/ou convidado
para fazer reportagens no estrangeiro. Não fui exceção à regra e devo dizer,
antes de mais, que as minhas deslocações foram enriquecedoras, nomeadamente no
que diz respeito às grandes reportagens. Comecei por, em 1982, estar presente
na Copa do Mundo, em Espanha, seguindo a Seleção do
Brasil (Sócrates, Zico,
Falcão, Júnior, para citar apenas estes) e que, infelizmente, não logrou o
almejado desiderato, quedando-se pela meia-final onde perdeu com a Itália
(aquele “malandro” do Paolo Rossi, marcou três) por 3-2. Na noite do jogo,
melhor dizendo, após o seu termo, deparei com centenas de brasileiros chorando
pelas ruas, pesando os efeitos da derrota que impossibilitou o “escrete” de
chegar à tão ambicionada final. Uma noite desconsolada para os brasileiros,
para nós também que torcemos pelo Brasil, interiormente, é claro, porque nos
relatos que fiz, primei pela isenção, como, aliás, foi sempre meu timbre.
Quando vi alguns brasileiros em Madrid, sentados no chão, derramando lágrimas,
não as contive, ou seja, chorei com eles. Por outro lado, foi importante ter
conhecido muita gente que emanou do país-irmão para apoiar a sua seleção, uma
prática muito usual em todas as Copas do Mundo.
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