Por terras de
Califórnia (9)
ANTÓNIO SÃOZINHA
ROCHA – UM EXTREMO VELOZ
Ele também faz
parte de uma geração de jovens da freguesia da Ribeirinha que tinham o gosto
pelo futebol. Aliás, em tempos idos, Ribeirinha e Porto Judeu constituíam um
verdadeiro manancial de jogadores de qualidade, procurados,
sobretudo, pelos
dois grandes clubes citadinos (Angra do Heroísmo), Sport Club Lusitânia e Sport
Club Angrense. Para o Marítimo, foram muito poucos, mas, entretanto, apareceu o
António Sãozinha Rocha, vulgarmente conhecido por Matias, sem dúvida alguma um
rapaz alegre e com qualidades. Um extremo-direito veloz. Com ele fiz parte de
uma célebre equipa de reservas (no tempo em que havia esta categoria) do
Marítimo 63/64 que só não ganhou a final com o Lusitânia porque o treinador de
então (já falecido em São Miguel) decidiu colocar em campo a equipa principal.
Só que o Lusitânia também fez o mesmo e ganhou por 4-1. No jogo de
reservas-por-reservas, ganhamos ao Lusitânia por 5-3 e eu marquei um golo
fenomenal (sem exagero), concluindo um cruzamento do Matias que atrasou a bola
para fora da área e eu, sem preparação, mandei um bomba sem hipóteses de defesa
para o meu querido amigo José da Conceição, vulgarmente conhecido por
“chicharro”.
Matias foi outro
que, na busca de melhores condições de vida, emigrou para os Estados Unidos,
concretamente para o Estado da Califórnia onde, realmente, se encontram muitos
terceirenses. Dele nada sabia, mas o facebook proporcionou-nos este reencontro
de velhos amigos e companheiros do Marítimo. O Matias tinha uma particularidade
que creio que hoje é mantida. Esta: sempre sorridente. Um dia até lhe disse se
ele fazia propaganda de alguma pasta de dentes. Era, também, um brincalhão por
excelência e aqui também se revelava veloz.
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