Recordo neste cafezinho um auxílio que o Fernando Maciel me prestou no campo do Salgueiros. Ele reportando para a Antena 1 e eu fazendo crónica para o Diário Insular. Um jogo a contar para a Taça de Portugal entre o Salgueiros e o Lusitânia dos Açores.
Há sempre um amigo e um
companheiro para nos socorrer. É inegável. Para mais um conterrâneo. Ora, em
1997, numa eliminatória para a Taça de Portugal, acompanhei o Lusitânia a
Paranhos onde defrontou o Sport Comércio e Salgueiros, ainda na divisão
principal do futebol português. Um jogo que acabou por ser interessante de
seguir, sorrindo a vitória ao Salgueiros por 1-0. Como sempre fazia,
comigo levei para o estádio o meu computador portátil para alinhavar a crónica
à medida que o jogo decorria. Foi para isso, e outras tarefas, que os
computadores foram inventados. Ser editor e estar fora do jornal (regional) é
sempre complicado, daí a necessidade de um contato periódico (para mim de 15 em
15 minutos) com a redação. Aconteceu, porém, que o meu telemóvel ficou sem
créditos e, claro, mais uma preocupação para juntar a tantas outras. Valeu-me,
na circunstância, o amigo, conterrâneo e companheiro, Fernando Maciel Costa
(comigo na foto, na ilha Terceira em Dezembro de 2010), que ali estava ao
serviço da Antena 1. Fui usando o seu aparelho sempre que era necessário.
Inclusive, o Fernando Maciel ainda esperou que eu encerrasse a minha crônica e,
depois de enviá-la, via internet (no estádio tinha linha telefônica, valha-nos
isso), ligar de novo para o jornal a dizer que tinha seguido e quais as fotos
de arquivo a colocar na mesma.
Sendo Fernando Maciel um nosso conterrâneo que também deixou durante muitos
anos, radiofonicamente falando, a performance do seu “savoir faire”, não podia
esquecê-lo neste ciclo de homenagens. O preito da minha gratidão por me ter
desenrascado em pleno estádio do Sport Comércio e Salgueiros. Valeu!
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