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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Venha tomar um café comigo - JOSÉ HENRIQUE PIMPÃO


Foi sempre um amigo de contar. Com ele convivi em épocas alternadas no Lusitânia e, numa das minhas passagens pelo Rádio Clube de Angra, quando fazia parte de uma equipa desportiva e ele diretor. Também uma ligação dos dois ao jornal “O Lusitânia” onde ele foi outra enorme dedicação. Aliás, sempre fê-lo quando representou o popular clube verde-branco, ou seja, dedicação e competência. Aquando da celebração dos meus 50 anos de atividade jornalística, marcou a sua presença com um texto de forma comovente.

                                                     
Neste cafezinho, deixo aqui o que escrevi sobre José Henrique Pimpão, publicado no jornal A União e em vários sites dos quais faço parte.

JOSÉ HENRIQUE PIMPÃO – QUANTAS COLHIDAS NO “QUINTO TOURO?”

                                                      
Há figuras da nossa terra, nomeadamente do burgo angrense, que não podem, de forma alguma, ser esquecidas. E o melhor é prestar-lhes as devidas homenagens quando ainda estão vivas. É que, infelizmente, e na maioria dos casos, entra-se na tal homenagem póstuma que a mim, dentro da própria ótica pessoal, não me convence. Considero isso um “tapar o sol com a peneira”, isto é, fazer por fazer, para se demonstrar que, afinal, não foram esquecidas. Mas adiante...

Dentro desse naipe de figuras que têm contribuído para a expansão da terra em termos de divulgação, tenho que incluir o José Henrique Pimpão que conheço há muitos anos e com quem tive o privilégio de fazer parte de um elenco diretivo e também de um jornal. Óbvio que tenho que referir que isso se passou no Sport Clube Lusitânia. De resto, como colaborador do RCA, também apanhei o José Henrique Pimpão fazendo parte de uma direção presidida por José Gabriel Fragoso.

Do Lusitânia ele, José Henrique Pimpão, está regularmente presente nas páginas do Diário Insular, nunca esquecendo umas notas para os que faleceram, mormente atletas.

De maio a outubro, o José Henrique Pimpão, aficionado da festa brava, raramente falha uma tourada. E manda a verdade dizer que, com as suas crónicas no DI, também tem prestado um relevante serviço informativo sobre a tauromaquia, maior incidência no que concerne às touradas à corda. E creio que ele, em termos de ganaderos, não tem partidos. É amigo de todos. Bom, no íntimo ele deve ter o seu preferido, mas, dentro daquela ética que o tem caracterizado, nunca divulgou, até porque a maioria dos ganaderos da atualidade têm ligações ao “seu” Lusitânia, isto por via dos seus antecessores, citando, por exemplo, Rego Botelho e Albino Fernandes. De tudo isto, o José Henrique Pimpão tem merecido o maio respeito e estima de todos. E não há tourada à corda em que não é chamado para uma ou mais casas para um brinde da ordem. Aqui só resta saber quantas colhidas já apanhou do “quinto touro?”. Sei que ele, com o copo na mão, é um bom “diestro”, evitando sempre aquela colhida da ordem. Mas um dia não são dias e toma lá disso. E um dia é capaz de perguntar a um touro de nome Evaristo “tens cá disto?”.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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