Foi nesta casa que, com os meus 13-14 anos, comecei a comprar o jornal A Bola. Era lá que se adquiria os jornais que eram publicados às segundas, quintas e sábados, muitos anos depois às segundas, quintas, sábados e domingos, e, hoje, à semelhança da concorrência, diário. Foi assim que se entrou na febre dos diários desportivos.
Voltando atrás, era impressionante ver o número de pessoas que procuravam A Bola. Muitas vezes lá chegávamos e estava esgotado. Para mim, o gosto pelo jornal A Bola começou muito cedo e longe (muito longe mesmo) do meu pensamento que, já adulto, iria fazer parte da história do maior jornal desportivo português. Comecei como correspondente em Angra do Heroísmo e, de seguida, correspondente nos Açores. Sempre foram 20 anos de A Bola, uma ponte significativa da minha carreira.
Do senhor Andrade, ainda hoje me lembro desta frase: "meu caro jovem, tem que vir cedo para conseguir o jornal". E com ele aprendi a entrar na fila para esperar pela chegada do jornal.
Da família, após ter regressado de Angola em 1967, uma maior relação com o neto Lester Andrade, que foi funcionário do Banco Nacional Ultramarino. E também com o pai do Lester, óbvio filho do senhor Manuel Joaquim Andrade.
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