Sempre admirei jovens talentos. Sempre reconheci nessa gente capacidade para mudar muita coisa. E aqui falo em termos jornalísticos. Exemplo: João de Sousa Rocha que foi meu companheiro no Diário Insular, A União e, antes, meu colaborador quando em São Miguel chefiei a redação do Jornal do Desporto. Infelizmente, com o fecho do jornal A União, não depara com portas abertas, se bem que, pelo que sei, faz uns “bicos” (termo brasileiro que significa “parth-time”) para a RTP-AÇORES. É pena que uma pessoa com bastante capacidade se encontre nesta situação.
Quando demonstrei interesse em encerrar a minha carreira em A União (foi lá que me iniciei na imprensa regional daí a opção, ou seja, acabar onde comecei, se bem que não esperava pelo fecho), João Rocha, editor, mostrou-se bastante receptivo. E, curiosamente, passei de uma para duas colaborações semanais. Nunca falhei com o que havia assumido. E mais me incentivou pelo fato do João Rocha (ele e o Elvino Lourenço) me informar que era, segundo os números registados na redação, dos mais lidos pela internet. Radiante, claro está, o que significa que não perdi o meu trilho de leitores, especialmente aqueles que se encontram na Diáspora. Hoje, muitos deles, através de mensagens pelo facebook, lamentam o desaparecimento do jornal A União. Aliás, todos nós afinamos por esse mesmo diapasão. E, na verdade, A União fez falta à ilha Terceira.
Ao João Rocha o meu muito obrigado pelo carinho dispensado a este veterano das lides jornalísticas, ao cabo um velho companheiro. Duas gerações diferentes que se interligaram sem ressentimentos de espécie alguma.
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