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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Da poetisa-escritora BERNARDETE CAVALCANTI


UM NOVO ANO. NOVA VIDA

Em ano complicado e de pouca alegria, 
vi - me vagando sem destino,
procurando um lugar para ficar. 
Sinto falta de carinho.
Sinto falta de companhia,
Estou sozinha em minha solidão"
O mundo está mudando,
e os solitários são agora maioria.
Em cada peito bate um coração,
com diferente sentimento a cada dia.
Perguntei a um amigo de longa data:
"És triste por que vives tão sozinho"?
Ele respondeu: "Não, eu aceitei esse desafio,
por contingencia da vida escolhida.
Não foi o que quis buscar,
mas o destino, às vezes, comete desatino
e prega peças em nossa vida"!
Penso sempre sobre o que a gente quer,
quando se é jovem e tudo é novidade,
onde se permite uma fuga da realidade
e até as coisas simples não são apreciadas!
A modernidade, a ânsia de poder.
Os valores morais que deixam de ser.
Foram assim lentamente assimilando
o mundo contraditório de hoje em dia.
Esse afã de coisas perecíveis
torna a vida cheia de vacilação
e , com certeza, não é a exata solução!
O resultado é a inominável e destrutiva solidão!
Um Novo Ano, exige nova vida.
Adeus às fantasias e bem vindas as alegrias!


O MAIS BELO NATAL

Há cem anos atrás este fato aconteceu;
Era véspera de Natal;
Uma paz teimava em ficar 
naquele cenário de guerra surreal!
O solo francês estava tomado;
As trincheiras tinham sido escavadas
Centenas de soldados se espalhavam
tremendo de frio e de saudade
Alemães se acotovelavam de um lado
E, do outro, estavam escoceses e ingleses 
O campo de batalha silenciou
e o cheiro de sangue se espalhava no ar
Haviam perdido a fé, a esperança e a bondade
Vencedores e vencidos abatidos,
muitos ainda no chão bastante feridos
Ouviram - se murmúrios algumas vezes,
Talvez orações ou lembranças amadas!
De repente, a música alemã começou!
O Noite Feliz, Stille Nacht, alguém cantou
E o céu até se iluminou!
A voz de tenor, as notas empurravam,
e o vento as levava para todo lugar.
Na trincheira inglesa, o Silent Night agora cantavam
e alguém com uma vela a tudo iluminou!
Ouviram - se "Feliz Natal" em todas as trincheiras.
Fora proclamado um dia de Amor!
Natal que foi festejado com brincadeiras,
bebendo vinho, jogando bola e cantaram
e todos se abraçaram e confraternizaram.
No outro dia, o primeiro disparo foi perdido,
Em ambos os lados os homens ainda emocionados
Não conseguiram essa sangrenta guerra continuar
Uma história, uma saga , uma lenda
O Natal na Primeira Guerra Mundial
Não há como não se deixar de recordar
Um Natal de Amor levado à Eternidade!

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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