GUARDIÃO DA NOITE
A verdade tem olhos verdes
Azuis
Verdes
Azuis...
Verdes ou azuis?
Decida
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios”... VIVA
E nunca despreze os imortais...
O dia amanhece!
Acorda!
Você está vivo!
Ou feche a porta...
Se assim o desejar
Alegre-se
A noite também tem seus encantos.
Poeta!
Poeta?
Então este é o mundo dos poetas?
O mar...
O firmamento...
O infinito...
O ontem...
O hoje...
O amanhã...
Para ele o tempo não existe...
E sob seu olhar
Só a realidade da alma...
Mas, seus olhos são verdes...
Azuis
E sombria a esperança
Sombria?
Sou “Pessoa”
E acabo de chegar...!
Para lhe declamar o fruto de meus afazeres Noturnos
Afinal, é noite ou dia?
Sem poupar as flores...
As estrelas...
Pimenta e canela...
A moça deixa a janela entreaberta para a serenata adentrar...
Com seu aroma fatal...
Ela não dorme e sua alma acesa
Deriva...
Em carne viva o guardião da noite,
Vê tudo o que acontece ao seu redor...
A semente que germina...
Tudo dependerá da imensidão dos pesadelos e dos versos do poeta.
Enquanto a vida chega trazendo pela janela...
Da janela...
Aquela que a moça deixou de cerrar...
O vento...
Os grilos...
O poeta escreve
E alguém ao ler
Sente que na vida nem tudo é escuridão...
E adormece.
Então, onde há mundo...
A vida sonha...
Sonha com outras vidas...
Fermenta em busca de outras vidas...
Viver é fermentar
E nunca deixar de sonhar...
Todos somos poetas na travessia da vida...
Ao olhar dos homens a conjugar
EU
TU
PESSOA
CAMÕES...
E viver é nascer todos os dias...
Escolhemos a estrada...
A viagem e a história prosseguem...
Assim como a manhã
A tarde chega para todos
E com ela a noite fecha o círculo...
E todo verso sentido tem valor para ser vivido
A vida inteira.
No banco dos réus
O poeta escreve seus amores...
Venha
Largue tudo que você está fazendo
E venha
Sentar-se comigo...
À beira do rio...
Enquanto durar esta hora...
Vamos caminhar...
Ergue-se de asas
E aproveite a tarde para desenhar...
Neste céu azul onde gaivotas voam sem se Preocupar com relógios.

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