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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Um jornalista amigo e um ator da Globo, ambos falecidos


Foi com enorme satisfação e sentimentalismo que encontrei a filha na "avenida facebokana". A filha do amigo e companheiro Carlos Arsénio (RIP), um dos mais conceituados jornalistas que passou pelo jornal Record e foi, também, o grande impulsionador para a saída da REVISTA EQUIPA, para a qual colaborei a convite do mesmo. Mas o meu contato com o saudoso Carlos Arsénio não fica só por isso. Estivemos juntos numa ação de formação nas ilhas do Pico e do Faial, conjuntamente com o antigo árbitro internacional Francisco Guerra. Antes, porém, em São Miguel no jogo Sporting - Benfica que assinalou a inauguração do então denominado por Estádio Municipal. Eu e o Aurélio Márcio (também já falecido) em representação de A Bola. Depois do jogo, fizemos um grupo de quatro para nos dirigirmos ao Solar da Graça onde as comitivas foram recebidas para um jantar de confraternização oferecido pelo General Altino Pinto de Magalhães, representante da Junta de Salvação Nacional no arquipélago dos Açores. Eu disse quatro: eu, Aurélio Márcio, Carlos Arsénio e António José da Silva Garrido, o árbitro do jogo, também já falecido. Dos quatro eu o único que ainda está no rol dos vivos.
Mas esta minha relação com o Carlos Arsénio tem outra história que jamais esquecerei e que ocorreu no Hotel Altis, em Lisboa. Esta: em 1978, no Congresso Extraordinário da FPF que ditou a entrada dos Açores nos Campeonatos Nacionais, lá estivemos juntos e o Carlos Arsénio sempre me ia dizendo "calma, que vai correr tudo de feição para vocês". Era um grande amigo, de facto. No final da votação, veio me dar um abraço com este significativo comentário: "vocês merecem, vocês são tão portugueses como nós".
Carlos Arsénio, um amigo e companheiro que jamais sairá da raiz da minha memória.

CLÁUDIO CAVALCANTI - Os anos passam, as pessoas, naturalmente, vão envelhecendo, outras, pela também naturalidade da vida, vão partindo para o "outro lado" que, ao cabo, é o destino de todos nós.
Há pessoas que morrem mas as suas obras, os seus trajetos, ficarão sempre a perpetuar, passando de geração para geração. Há sempre quem fale do passado, embora cruel em certas situações.
Havemos, pois, pelo tempo fora de recordar o ator Claudio Cavalcanti. Um grande profissional, um paradigmático de dedicação aos animais. Como ator, vimo-lo em algumas novelas da GLOBO em que participou, ao lado de outros nomes sonantes. Sempre desempenhou o sem papel a contento.

OS GRANDES MARINHEIROS - Quando andei pelo Pico e pelo Faial, remonta aos anos de 1985-1986-1987, muitas vezes atravessei o canal Pico-Faial e vice-versa na Espalamaca e na Calheta. E quantos sustos não passei quando o mar estava revolto? Alguns. Mas recordo a última viagem que fiz na Calheta entre o Pico e o Faial com a minha filha que tinha apenas 5 anos de idade. Uma viagem terrível em função do mar agitado. Chorei todo o percurso (até chegar à entrada do porto da Horta) agarrado à minha filha, que hoje já tem 37 anos de idade. Mas também manda a verdade dizer que essas lanchas dispunham de grandes mestres e também de excelentes marinheiros. Esses verdadeiros homens do mar têm que ser recordados.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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