Eu fui ao jardim da Celeste…
Um abraço te vou dar…
Tanta laranja da China,
Tanto limão pelo chão,
Tanto sangue derramado,
Dentro do meu coração…”
E jogava-se……
Jogava-se ás saquinhas de arroz…
Ás apanhadas…
Ao gavião…
E jogava-se ás “piorrinhas”.
Com uma bola vermelhinha,
Que vinha embaladinha,
Na caixa azul e vermelha,
Que “umas senhoras”, traziam,
E a que nós tão infantilmente chamávamos como:
“Dia das Caixinhas”!
Perdidas no tempo,
Na memória guardadas,
E de ternura, entremeadas!
Onde as minhas tranças,
Que por “mon”,
Duma “gama”,
Se viram, cortadas?
E das tranças,
Passei a usar,
Corte “à la garçonne”!
Que “raio de ideia”!
Aquelas franjinhas!
E eu a pensar que de Paris,
Só vinham,
eram criancinhas…
Eu!
Não!
Que vim na cesta de costurar,
E da roupa p’ra engomar…
Um dia destes,
eu contarei…
Hoje, não!
Hoje, não digo mais nada….
Que as Trindades aqui já foram batidas…
E Trindades batidas,
Meninas “arrecolhidas”!
P.S. Falarei dos pirolitos…”ice-crimes” e malaguetas,
Milhos de “Freira”… povides…
Homens das cestas, e outras “tretas”!
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