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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

domingo, 17 de março de 2019

Da escritora Graziela Veiga


NUNCA JULGAR OS OUTROS, EM CASO ALGUM!!! 

É sempre um acto de coragem enfrentar e contornar os problemas que se nos deparam ao longo da vida...

Inúmeras vezes, julgamos os outros de forma cruel, pois é tão difícil colocarmo-nos no lugar do outro. Fazemos juízos de valor que não correspondem de todo à verdade, portanto, de forma indelével, e causantes de tanta dor para quem sofre. Por isso, corremos o risco de estarmos a ser injustos para com aqueles que apenas necessitam de apoio. 

Olhar de longe os acontecimentos como meros espectadores, não nos dá autoridade suficiente para julgar o que se vê. 

Geralmente, as pessoas são julgadas pelas atitudes que possam tomar mediante algum acontecimento, sofrendo olhares de censura e até alguma reprovação pelos que observam alheios, sem imaginarem sequer os reveses pelos quais a pessoa passou até tomar aquela decisão. 

Um dos maiores favores que fazemos ao mundo que nos rodeia, é tomarmos sempre conhecimento do problema do outro, antes de julgar. E nada pior para quem sofre do que ser julgado e condenado em praça pública, em muitos casos, ficando ostracizado na sociedade que o condenou injustamente.

Cada pessoa vive a vida, sente o mundo, de um jeito próprio, peculiar, exclusividade daquela pessoa. O prazer e a dor, não são sentidos de forma igual, logo impede-nos de querer ou desejar que o outro seja como nós achamos que ele deveria ser. 

E quem se acha dono da verdade, é sinónimo de presunção, ignorância, na minha maneira de ver. 

Assim sendo, urge criarmos empatia, tentarmos compreender o lugar do outro, imaginar que atitudes extremas nunca são tomadas por quem está física e psicologicamente bem, mas por pessoas que estão enredadas em meios de dor e desespero. 

Por tudo isso, nunca permitamos que outros nos julguem, sem terem vivido a nossa história, sem terem compartilhado a nossa vida, sem nos terem prestado auxílio, ou se prontificado a socorrer-nos. 

A atitude mais correcta é ignorar quem nos ataca sem entender, julga-nos sem compreender. E ainda com a petulância de terem a solução para os nossos problemas, enquanto que os deles ficam pelo caminho, ou são tão visíveis pela luz que emanam, que já levaram à cegueira de quem os vive e apontam os dos outros. Devemos sempre pensar que quando apontamos o dedo indicador para os outros, direccionamos os outros três para nós próprios. 

Daí aquela célebre frase evangélica. A gente vê o argueiro no olho do outro, mas não vê a trave que nos tapa a visão por completo. 

Sempre que tenhamos de falar de alguém, que o façamos de mente e coração. E quando não tivermos coisas boas para dizer, que nos mantenhamos calados. O óbvio manifesta-se. Não necessita que o desvendemos e tão pouco que o julguemos. 

Sejamos pessoas íntegras nos nossos pensamentos e não façamos juízos de valor infundados, ou apenas por mera especulação.

15-03-2019
Graziela Veiga
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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