Apagam - se os faróis do Nordeste,
Cantam desalmados os grilos do terreiro,
Amanhecem rios nos juncais da tristeza,
Florestas de nuvens namoram desafios,
De sonhos eternos e sedutores,
Que se amurtalham de amoras verdes.
Vagueiam inquietudes em labirintos de fumo,
Onde varandas de ventos anseiam carinho.
Arcos de triunfo miram o desassossego de das almas,
Pontes de damasco e tule,
Rendem - se, aos sentimentos,
De gigantescas metamorfoses,
Maquilhadas de choros risonhos,
De corações de algodão e estátuas de alecrins dourados.
Enquanto as feridas penteiam agonias,
ardem, em paixões tremendas,
as cidades dos girassóis azuis,
feitos de chuva.

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