FIZ POUCAS ESCOLHAS NA VIDA...
Desde que me lembro, nunca fui uma pessoa de fazer muitas escolhas ou conjecturar muitos planos. E desde sempre, aquilo que ao longo da vida tem vindo parar-me às mãos, praticamente não fiz nada para que isso acontecesse.
Tive a melhor mãe que alguém pode idealizar, não a escolhi, evidentemente. Tenho a filha que gostaria de ter, também não a escolhi.
Sempre aceitei o que a vida me quis oferecer de bom. Embora, também, tenha aceitado o lado menos bom, ou seja, as minhas limitações desde criança por causa de problemas de saúde.
Houve momentos em que quis escolher, mas sempre me foram negadas essas escolhas. Quis escolher estudar, prosseguir estudos na Universidade, mas por circunstâncias da vida, não pôde ser. No entanto, o bichinho de saber, aprender mais, sempre me acompanhou desde criança. Lá em casa, não havia livro, bilhetinho, ou algo parecido, que eu não lesse. Escrever também, sempre foi uma das minha paixões.
E depois, sem imaginar, restringi-me a dona de casa, quase por imposição, pois não foi escolha minha. Tive que acatar a ideia, pois o dever estava acima da vontade. E quando se trata de doença, eu fico limitada, pois não me permite fazer manobras, tendo em conta a gravidade da situação, neste caso, do marido.
E para que tudo estabilize, cá estou eu, feliz, em parte, por cumprir a missão que me veio parar às mãos e que por mais voltas que dê à cabeça, ela pertence-me e só eu tenho o dever e a legitimidade de a suportar e superar cada dia.
Como nada acontece por acaso, e porque os meios de comunicação dão-nos determinadas facilidades, assim, estou a aproveitar o Facebook escrevinhando umas coisinhas, embora insignificantes para alguns, para mim, têm muito valor. Ao escrever, simultaneamente, estou a divulgar o que me vai na alma, bem como a desopilar e fazer aquilo que mais gosto, escrever.
Por vezes, imagino a minha mente limitada, mas de quando em vez, vêm-me pensamentos para mais um artigo, e assim, se constrói uma infinidade de textos com temas sempre diferentes.
E desta forma, sem ter escolhido, a vida tem-me presenteado com as oportunidades que me vão surgindo, de onde menos espero. Sem querer e sem escolher, esta, foi mais uma que me veio ter às mãos. Espero divulgar cada vez mais a minha escrita, sabendo de antemão que há pessoas que me lêem e me felicitam pelos meus textos, quer através do Facebook, mensagem privada ou pessoalmente. Recentemente, novas oportunidades surgiram, mas por enquanto estão no segredo dos deuses. Darei notícias oportunamente, caso se justifique.
A todos, que têm expressado o gosto que sentem em lerem os meus textos, o meu muito obrigada. Bem hajam!
23-05-2019
Graziela Rocha Veiga
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