Camaleões
Há gente que nasceu numa nau,
Em dia de rigoroso e infernal inverno,
Que arranca os cabelos por não poder sair de onde está.
Grita em silêncio e fica rouca,
Adoece cada dia e tem feridas incuráveis na alma.
Há gente que nasce, cresce e vive morrendo,
Que luta cada manhã para aguentar tanta dor,
Ajoelha - se e suplica a Deuses ou diabos ajuda.
Há gente que nasceu ofuscada com as luzes da ribalta,
Quer ser protagonista a qualquer custo,
Atropela tudo e todos para subir ao palco,
Para ter um minuto de glória afogam com o maldizer qualquer pessoa.
Constato escandalizada como em petit comité enterram sem pudor e escrúpulos as pessoas "amigas" que se desvivem por elas.
Neste território de palavras distas, das gentes das palavras onde a falsidade se veste de sorrisos,
Colocam a tiara, a merda do protagonismo permite pisar e massacrar por um minuto de glória.
Pobre protagonismo que acaba num segundo
E será recordados com o esquecimento.

Sem comentários:
Enviar um comentário