Ensolarou-se o céu, por terras da Beira,
Sem vergonha por entre nuvens,
Farrapos brancos,
Escondendo águas...
Ou trovoadas....
Pego no lápis, que não me deixa....
No papel que "se me cola"....
E desenrolo o pensamento.......
"Pelo mapa do coração" ou
"Por um carreiro de vida",
Vai nascendo poesia"
O meu coração é uma ilha estranha,
Um longe longitudinal....
Circula-me....
Bóia nas minhas idades,
É só sentido,
É um texto apertado,
Entre o olhar e a alma...
No lento crescer dos sentidos,
Ilha é só uma palavra,
Ao alcance mais curto,
De conjugar o verbo amar...
Ou saudade....
Ou nostalgia....
E em nós....
Dia após dia...
Queria dizer,
Destas viagens em mim,
Devagarinho....
Mas só se soltam por entre os dedos,
O perto mais longe,
Dum horizonte molhado,
Onde em pequena eu pensava ser,
O fim do mundo, na vela dum barco,
E o ilhéu ao fundo,
Acabava a terra num mar quebrado!
Maria Azevedo
Sem comentários:
Enviar um comentário