Do colaborador José Henrique Pimpão - A homenagem a Mário Lino

ANTIGA GLÓRIA DO LUSIT NIA E INTERNACIONAL DO SPORTING

Mário Lino é o convidado 

de honra do “Almoço Verde”

É já amanhã, sábado, dia 4 de maio, pelas 13h30, no Salão da Santa Casa da Misericórdia, em S. Carlos, que se realiza o tradicional “Almoço Verde” na animada festa e convívio da família lusitanista. Estará presente, como convidado de honra e figura a homenagear, a antiga glória do Sport Clube Lusitânia e internacional do Sporting Clube de Portugal, Mário Goulart Lino.

                                                                                                              

Mário Lino, nascido na Horta, foi transferido do Fayal Sport Clube para o Lusitânia na época de 1954/55, ainda muito jovem, por 15 contos e um emprego nos Serviços Municipalizados de Angra, graças ao empenho e influência do ferrenho lusitanista Sr. João Lopes (RIP), proprietário da antiga Pastelaria Lusitânia, em S. Pedro.

Jogou 3 épocas nos “leões” de Angra, conquistando 3 Campeonatos Distritais e 2 Torneios de Classificação à Taça de Portugal.

É de referir que Mário Lino teve a sorte de conhecer e colher ensinamentos dos meandros do futebol através do grande técnico húngaro Janes Biri, então a treinar o Lusitânia e ex-treinador do Boavista, FC do Porto e Benfica.

Foi Biri quem aconselhou Mário Lino a tentar a “chance” no Continente. Isto porque o então jovem atleta, na época de 1957/58, foi cumprir serviço militar em Lisboa e logo o Benfica se interessou pelo seu concurso, mas o Sporting foi mais lesto, graças às diligências do Dr. Abrantes Mendes.

Entretanto, o “leão” açoriano foi transferido do Lusitânia para o Sporting, vindo a ser, no continente português, o atleta açoriano com o maior palmarés de sempre no futebol em Portugal.

Foi campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, quer como atleta, quer ainda como treinador da equipa principal. Foi vencedor da “Taça das Taças” da Europa, prova esta que só o Sporting venceu em Portugal. Foi internacional da Seleção Militar (B) e Nacional (A).

Depois de deixar o futebol, como atleta, continuou no Sporting, durante largos anos, como treinador/orientador das camadas jovens, até à sua reforma. Em suma, foi, e é, um membro chegado da grande família sportinguista que sempre o admirou e admira.

É ainda de salientar que o Sporting veio a Angra, com a sua equipa principal, em julho/agosto de 1959, realizar 2 jogos com o Lusitânia, para satisfazer o contrato de transferência de Mário Lino para o clube de Alvalade, cuja venda, a mais cara dos Açores até então, deu ao Lusitânia a possibilidade de comprar a atual sede social, um dos mais belos e históricos edifícios de Angra do Heroísmo.

Sublinhe-se que este contrato de transferência foi iniciado na presidência de José Albino Fernandes e concluído na de Luís Brandão.

A terminar, registe-se que, numa demonstração clara de humildade e inteligência, Mário Lino declarou há alguns anos, numa entrevista a um jornal desportivo continental, estas memoráveis palavras de comparação do seu percurso futebolísticos, afirmando: “O Fayal Sport Clube foi a minha escola primária, o Sport Clube Lusitânia o meu liceu e o Sporting Clube de Portugal a minha universidade”.