--- CARTA ABERTA ---
Exmo. Sr. Américo Natalino Pereira Viveiros,
Dirijo-me a V. Exa. na sua dupla qualidade de Director do Jornal Correio dos Açores e sócio-gerente da Gráfica Açoreana, Lda. para manifestar o meu profundo repúdio pelo teor do seu editorial publicado no passado dia 12 do corrente no Jornal que dirige, intitulado "O mandatário e os mandantes", no qual envolve directamente o nome da minha família e, indirectamente, o do meu falecido pai - Engº. Jaime de Sousa Lima - colocando-o no mesmo "saco" de alegados burlões qualificados que ajudaram a levar o nosso país à bancarrota.
No ponto 4) do referido editorial, e de forma mal intencionada, faz referência ao Conselho Superior do BCP, que é público o meu pai teve assento, para, logo no ponto seguinte, tentar insinuar que, nesta qualidade, ele é que foi um dos "mandantes" do processo da aquisição das acções do BCP, o que é falso. Em vez de dar eco a boatos de mesa de café ou de tertúlia de amigos, o que é no mínimo lamentável para o director de um Jornal quase centenário, e embora o lema da nossa família sempre tenha sido que os problemas internos ficavam entre as quatros paredes do escritório, tomo a liberdade de abrir uma exceção para informá-lo que as razões do desmoronamento do Grupo Nicolau Sousa Lima ficaram-se a dever a querelas familiares já muito antigas e não, como quer fazer crer, ao "despojamento" provocado pela decisão de investir no BCP, decisão esta que aliás foi tomada por larga maioria numa reunião de família realizada em 1998 na presença de todos os sócios e herdeiros dos irmãos já falecidos.
Concordo que esta possa não ter sido uma boa decisão, como sucede em todas as empresas, mas foi custeada pelos nossos próprios bolsos ao contrário de V. Exa. que se arroga agora no detentor da verdade e bons costumes mas, ao que parece, já se esqueceu convenientemente do processo da Pró-Pico no qual ficou provado em Tribunal, e V. Exa. condenado pela falsificação de documentos e manipulação de fundos públicos.
Assim sendo, e a partir desta data, cancelo a minha assinatura dos Jornais Correio dos Açores, Diário dos Açores e Atlântico Expresso. Mais informo que não só prescindo do direito de resposta que me é facultado por Lei, como reservo-me o direito de tornar esta missiva numa "Carta Aberta" para eventual publicação noutras plataformas de comunicação com muito mais alcance e audiência do que os Jornais que V. Exa. dirige.
Com os meus cumprimentos.

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