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domingo, 30 de junho de 2019

Do astrólogo Luís Moniz - “A Morte “


“A Morte “

A jornada para a libertação não pode começar de facto enquanto estivermos apaixonados pela mente e suas flutuações. A liberdade não pode começar enquanto estivermos em conflito com os princípios éticos de nossas ações. A libertação começa enquanto contrariamos o sentimento de posse.

Em última análise, a criatividade, pode nos libertar. A "perceção" da verdade é que nos liberta. Quando a verdade sobre a realidade for conhecida e a natureza do mundo manifestado se revelar, então não haverá mais a identificação com um complexo corpo-mente específico, exceto como necessidade funcional. E o que acontece com o karma que estava administrando esse complexo corpo-mente específico. "O karma segue o seu curso de forma

Essa perceção da verdade é importante, mas trata-se de um percurso verdadeiramente descontínuo, um gigantesco salto quântico. 

Mas há certas discussões sobre a necessidade desse salto quântico nas tradições. Alguns afirmam que a jornada para a liberação é contínua: chegar à verdade não precisa ser um percurso descontínuo, e inicia outras contemplações sobre a verdade, aprofundando e purificando a nossa compreensão pela meditação. 

É fundamental comtemplar a verdade para aprofundar a compreensão. Nesse programa de purificação para o complexo corpo-mente, concentramo-nos em opostos transcendentais: bem e mal, sujeito e objeto, o corpo e a mente. Sacrificamos as nossas preferências egocêntricas e chegamos à vontade do espirito.

Os nossos desejos caem por terra. Isso é o karma. Ainda agimos, mas a atitude é nova. As nossas ações não são indiferentes. 

Quando nos entregamos à vontade do espirito de forma tão completa, então damos um salto quântico para a completa liberdade. A verdade é que, para a libertação, temos de compreender um detalhe sutil: temos de "perceber" que já estamos libertados, que não precisamos de transformação, de realização. Abrir mão de nossas realizações lança nossa prática consciente à adoção natural da felicidade espiritual

Preparar-se para a morte -se significa esforçar-se por fazer da morte uma experiência criativa, uma morte com dignidade. Também é um desapego. 

A verdade é que já somos aquilo que procuramos — a consciência única, imortal e original. Aquilo que buscamos é o que nos está observando. Mas, no processo de busca, há separação e dor. Essa separação se dissolve quando não nos esforçamos. É aí que ocorre o processamento inconsciente. 

O processamento inconsciente permite-nos acumular e fazer gerar a ambiguidade por meio da dinâmica quântica dos corpos cérebro-mental. 

Assim, quando a dor surgir, podemos reagir de forma inconsciente ou de modo consciente. De forma inconsciente significa criando oposição. De modo consciente significa desenvolvendo a aceitação e o desapego.

A morte faz parte da vida e não precisamos esperar que ela chegue para começarmos a viver conscientemente. Também, não devemos viver como se nunca morrêssemos.

A pior morte é aquela que acontece enquanto estamos vivos.
Não precisamos de igrejas que inventam pecados, mas necessitamos de iluminados que possam ensinar o amor e a verdade do espirito.


Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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