Da minha mesa de trabalho – Futebol+jornalismo
Por: Carlos Alberto Alves
Esta minha virada jornalística tem, também, o condão de mostrar a algumas pessoas que o gajo (este CAA) não sabe apenas escrever sobre desporto. Claro que foi, inequivocamente, o meu "métier" preferido e onde logrei chegar, conjuntamente com outros colegas, a um patamar superior. Porém, sempre disse que estava disponível para entrar em outras áreas, mas, quiçá por fazer alguma concorrência, acharam que não era conveniente. Mas como o tempo é o melhor conselheiro, a resposta ainda apareceu a tempo e horas. E lá vou cantando e rindo, melhor dizendo, escrevendo e rindo.
Mas é mesmo de futebol que agora vamos nos debruçar, recuando no passado e entrar no presente.
Ainda hoje tenho na retina as imagens que ocorreram em 1982 no MUNDIAL de Espanha onde acompanhei a seleção do Brasil. Uma seleção de grandes craques, manda a verdade dizer. O desespero nas principais artérias de Madrid, algumas horas depois do Brasil, na semifinal, ter sido derrotado pela Itália por 3-2. Paollo Rossi o verdadeiro "carrasco" dos brasileiros com o seu "hat-trick". Gente que chorava gente que lamentava o insucesso, tratando-se de uma seleção composta pelo melhor que na altura havia no Brasil (Falcão, Júnior, Sócrates, Zico e "tutti quanti" dessa época áurea do futebol brasileiro) e com um treinador (Telé Santana) bastante credenciado. Tenho que confessar que, já despido da minha missão de jornalista, ou seja, tarefa cumprida com a respectiva crónica feita, também uma lágrima me percorreu a face ao ver tanta gente vinda do Brasil completamente arrasada.
Hoje no Brasil (onde me encontro há 12 anos), e seguindo a moderna tecnologia, faço as minhas crónicas via televisão. Aliás, em muitos casos, uma prática muito usada pela mídia. E assim vou indo, futebolisticamente falando, idem, jornalisticamente prosseguindo para os 53 anos de carreira. Penso lá chegar. Dizia que ficava nos 50, mas o bichinho que está cá dentro foi mais forte e deixou a mensagem “de que ainda é cedo”. Será mesmo?
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