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domingo, 14 de julho de 2019

Da minha mesa de trabalho - Um outro Alves da Silva


Um outro Alves da Silva 

Fui batizado por Carlos Alberto Alves da Silva, nascido a 13 de outubro de 1943, no tempo da Segunda Guerra Mundial e tendo como madrinha Nossa Senhora de Fátima. Conheci algumas pessoas com o meu sobrenome (Alves da Silva), mas, nesse sentido, creio que existem muitas por esse mundo afora. Curiosamente, em Angola, no meu tempo de comissão militar ao serviço do exército português, era conhecido por Alves da Silva, inclusive na minha vida desportiva. Porém, quando regressei a Portugal em 1967, usei o nome que considerei mais adequado. Este: Carlos Alberto Alves, que ainda hoje permanece.

Alves da Silva, surgiu hoje um na “caixinha mágica”, na rede Globo, Programa do Faustão. Sempre o conheci nesse invejável percurso futebolístico como Daniel Alves. Hoje, fiquei a saber que tinha no nosso grupo mais um Alves da Silva,  exatamente o Daniel que o mundo do futebol bem conhece e que o reconhece como um dos “monstros sagrados” deste que ainda é o “desporto-rei”, o futebol. Pois... Daniel Alves da Silva que, também, pode ser colocado na montra dos mais paradigmáticos seres humanos. Hoje, muitos brasileiros e não só estes, ficaram a conhecer a história daquele que foi o “capitão” da Seleção do Brasil na recente  Copa América e, inclusive, considerado o melhor jogador, com os seus 36 anos de idade e que, na verdade, dentro dos gramados, não lhe pesam. 

Histórias emocionantes que foram contadas pelos irmãos, ex-esposa e a atual, seus pais, os dois filhos e alguns dos amigos intrinsecamente ligados ao mais recente componente do grupo (o meu pessoal, sublinho) Alves da Silva. E de todas as ilações que foram tiradas, ficou bem patente esta: um ser humano com uma mente extremamente aberta e de se lhe tirar-o-chapéu. 

Daniel Alves da Silva, da pequena cidade de Juazeiro (Bahia), partiu para a Europa e o seu sonho tornou-se realidade, ou seja, com toda a sua humildade (capacidade futebolista foi coisa que nunca lhe faltou), atingiu o patamar da fama, fazendo parte da elite dos futebolistas brasileiros que rumaram para o futebol europeu, nomeadamente este. Sevilha, Barcelona, PSG e Juventus, clubes que representou com toda a dignidade e, como tal, sempre respeitado por colegas e adversários. E quando chegou ao Sevilha, cumpriu a promessa que deixou aos pais em Juazeiro: comprar um casa com o mínimo de condições para viverem o resto da vida. E com os primeiros quatro meses de salário no Sevilha, concretizou esse sonho dos próprios pais.

Ó Dani, hoje fiquei surpreendido com este teu sobrenome de Alves da Silva. Sempre fui teu fã e agora muito mais ao conhecer esta tua outra história de vida, a tal realidade dos factos que emocionam. 

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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