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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Recordando crónicas passadas - Divagando


É do domínio público que escrevo estas minhas crónicas do Brasil, onde me encontro há seis anos a esta parte, sempre no Estado do Rio de Janeiro. Comecei por Carmo (cidade do interior), depois Niterói (período bastante prolongado) e agora na Barra, curiosamente residindo ao lado do espaço onde será erguida parte da Aldeia Olímpica com vista aos JO de 2016 que, como se sabe, têm como sede o Rio de Janeiro.

Já aqui referenciei, em artigo anterior, o Tio Chico do Café Atlântico, que por aqui andou algures neste Brasil. Desse núcleo de gente que conheci em Angra e que também por aqui permaneceu, recordo o senhor Mendes, um homem que sempre gostou de futebol e que, se a memória não me atraiçoa, esteve ligado à construção do Campo de Jogos da Terra Chã e cuja inauguração foi um acontecimento digno de registo com a disputa de um torneio quadrangular. O senhor Mendes revelou-se um cidadão colaborante e, acima de tudo, uma pessoa que granjeou muita simpatia entre os angrenses.

Posteriormente, demandou para a nossa ilha o Armindo Moniz, indefectível sportista, mas que, como treinador, serviu por muito tempo o Sport Club Marítimo. Meu vizinho, eu na Rua da Oliveira e ele nos Quatros Cantos, Armindo Moniz, dentro dos seus próprios condicionalismos, prestou um bom serviço ao futebol terceirense. Mais tarde encontrei-o em São Miguel onde acabaria por falecer. Da Terceira para São Miguel, a sua última mudança.

Seguindo essa cronologia de regressos, o Ferreira da Ribeirinha que chegou a ser dirigente do Lusitânia. Tal como eu, um vascaíno presente, acompanhando sempre as mutações que se verificam no clube cruzmaltino.

Ainda há mais? Certamente que não poderíamos deixar de incluir o Luís Bettencourt (vulgo “Maravilhas”) que também rumou para o Rio de Janeiro com a respectiva família. Hoje encontra-se em Angra e não falta ao seu joguinho de basquetebol.

Quando estive em Coimbra em 2001, por lá encontrei outro regressado do Brasil, também chamado Carlos Alberto e que investiu num café situado bem pertinho do Jumbo. Toda a manhã falava com o Carlos sobre o Brasil. Muita coisa fiquei a saber deste país através dos conhecimentos transmitidos pelo Carlos. Se hoje voltasse a Coimbra com esta experiência do Brasil de quase sete anos, diria ao Carlos que muita coisa mudou. Claro que naquela altura o Carlos falava-me no peso que o escudo tinha no Brasil. Pois o escudo... Só que agora temos esse indesejável euro, mas é com ele que temos que viver em termos cambiais. Foi bom quando aqui chegamos. Depois se verificou uma queda que tem assustado todos aqueles que sobrevivem com as suas aposentadorias de Portugal.

NOTA FINAL – Bem que gostaria de ter encontrado por estas paragens o meu grande amigo Nazário Eusébio Correia Fragoso, irmão do José Gabriel Fragoso. Ainda me recordo de alguns carnavais em que a D. Margarida tinha disposição para nos fantasiar. Belos tempos.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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