JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Nuno Barroso um homem dedicado ao basquetebol


Conheci Nuno Barroso ainda muito jovem. Curiosamente, numa noite em que lá fui a sua casa com o seu pai e o então técnico do União de Tomar, António Medeiros, que, nessa noite, foi fazer uma palestra ao União Desportiva Praiense. O pai do Nuno, meu velho amigo António Barroso, era na altura dirigente do emblema da Praia da Vitória, os “brancos” como eram conhecidos, Uma noite para cavaquearmos um pouco. Não faltou o scotch da ordem, diria mesmo uma “água da Escócia” de qualidade.

Mais tarde, o meu caminho cruzou-se com o Nuno Barroso nos Jogos Insulares, evento que sempre acompanhei como jornalista. Nesse ano, aconteceu na ilha da Madeira. O Nuno já era um basquetebolista de eleição. Foi esta modalidade que sempre abraçou com muito carinho. Terá sido influência faz idas ao ginásio dos americanos da Base Aérea 4? Talvez tenha sito. Talvez...

O tempo passou célere e, por ironia do destino, o Nuno Barroso acabaria por ser meu colega no Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, eu como administrativo e ele como Técnico de Saúde Pública (penso que era assim, se não for, desde já peço desculpas). E pelo tempo fora, já como jogador do Lusitânia, o nosso contato sempre se manteve, obviamente eu como jornalista fazendo crónicas dos jogos do clube verde-branco de Angra do Heroísmo. Aliás, o Nuno fez parte de um excelente naipe de praticantes da modalidade, um deles o faialense João Pedro Vieira, hoje técnico do CAB Madeira.

E o Nuno Barroso como técnico? Verdade que, quando abraçou a carreira de treinador, eu já não estava na ilha Terceira, mas sempre acompanhei a carreira pelos jornais e pela rádio. E já com o Nuno na qualidade de técnico-adjunto, após ter terminado a carreira de jogador, encontramo-nos na Figueira da Foz, onde residi durante um ano e nessa noite fui, na companhia do João Maria (que representou o Lusitânia como futebolista), assistir ao jogo Ginásio-Lusitânia, com vitória dos leões. Mas também fui com eles numa jornada dupla ao Algarve, desta feita o Lusitânia tinha como treinador o meu querido amigo professor Mário Barros que se equivocou no caminho, mas isto é outra história (contada na altura, obviamente).

Em suma, Nuno Barroso deixou obra no basquetebol, sobretudo no Lusitânia. E a sua carreira de treinador merece os maiores encómios. Sempre levou a nau a bom porto e o Lusitânia mantém-se no escalão máximo do bola-ao-cesto português. Deve ter saído desiludido com algumas situações, mas é assunto que aqui não tem cabimento. A verdade nua e crua é que saiu pela porta grande.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário