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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Da Da escritora Graziela Veiga - O QUE EU PRECISO LEVAR...


Não preciso levar nada deste Mundo, ainda que tenha comprado, ou levado uma vida inteira a trabalhar para consegui-lo.
As únicas coisas que eu levo são aquelas que eu deixo, aquilo que dei, partilhei e o quanto amei. Gosto das pessoas, mas gosto de verdade, não sei amar pela metade. Gosto de me entregar por inteiro, mesmo às pessoas que, por vezes, me ignoram. Não gosto de atravancar o caminho com obsctáculos que não existem. Gosto de solucionar problemas, gosto de pessoas que encaram a vida de frente. Não gosto de quem foge com o rabo entre as pernas.
As pessoas importantes são aquelas que fazem a diferença na nossa vida e nem por um só segundo nos colocam em lista de espera. As pessoas que nos dão importância não nos deixam sentir que o que sentimos não faz diferença.
Só quem gosta de si pode gostar dos outros. Só existe o que conhecemos. Se não conhecemos o amor em nós, não podemos reconhecê-lo em ninguém.
Não nos rendamos a nada que não nos dê luta nem a ninguém que não lute por nós. Não nos rendamos a ninguém que não nos mereça nem a nada que não mereçamos. Não nos rendamos a nada em que não acreditemos.
O caminho faz-se caminhando...há pessoas que caminham descalças e nunca desistem. Há pessoas que caminham sem nunca olhar para trás e há pessoas que caminham sem nunca deixar ninguém para trás.
Aproveitemos o tempo e façamos com que ele seja útil. Em vez de rezingar, reciclar os erros e aproveitá-los para crescer e aprender a ser feliz.
Quero mudar os hábitos para nunca me habituar a menos do que mereço e mudo a senha do meu amor-próprio. A partir de agora, somente eu tenho acesso.
Quem não soube estar perto, não pode esperar senão distância. Quem não soube abraçar, não pode esperar senão braços cruzados. Quem não soube estar presente, não pode esperar ser visitado. O amor não é uma obrigação. Não é algo só porque sim. Quem não valorizou, não pode esperar ter valor para quem ignorou.
O amor só regressa a quem o soube dar, o amor só regressa de livre vontade. Ninguém ama à força.
Há pessoas que marcam o caminho por onde passam. Essas marcas nunca se apagam. E são as únicas que precisamos levar na bagagem, o resto, o resto pouco importa.

18-10-2019
Graziela Veiga

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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