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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Da escritora Graziela Veiga - As pessoas felizes


A maioria das vezes pensamos que as pessoas felizes estão sempre felizes, mas não estão.
As pessoas felizes não estão sempre felizes, mas não é pelo facto de não estarem felizes que deixam de ser felizes.
As pessoas felizes também choram, mas vêem essas lágrimas como uma espécie de chuva que limpa o caminho, que desanuviam e logo o sol volta a brilhar, tudo enxuga e elas continuam a caminhar.
As pessoas felizes estão ocupadas na sua vida, por isso não lhes sobra tempo para pensarem na vida dos outros, a não ser que sejam necessárias, ou quando se preocupam com o bem estar daqueles que amam, sobretudo aqueles que lhes são mais próximos.
As pessoas felizes respeitam-se. As pessoas felizes têm vida própria, por isso não precisam da vida alheia. As pessoas felizes são aquelas que conhecem e sentem na pele as dificuldades da vida, mas que reconhecem facilmente todas as coisas maravilhosas que a vida guarda para elas.
As pessoas felizes não são egoístas e gostam de partilhar com os outros as coisas boas que a vida lhes oferece.
As pessoas felizes também têm consciência que encontraram a felicidade dentro delas, mas simultaneamente contribuíram para que essa felicidade acontecesse, pois ninguém é feliz sozinho.
As pessoas felizes dividem a felicidade pelos outros e não se tornam mais pobres, antes pelo contrário, a felicidade partilhada une e nunca divide.
As pessoas felizes até podem não ter muito dinheiro, mas nunca são pobres, pois são ricas de valores e sentimentos. Pobres são as pessoas que se julgam superiores aos outros, só porque têm mais bens materiais.
As pessoas felizes são as mais ricas como pessoas, pois investem em si próprias, por isso se tornam especiais. São pessoas que todos gostamos de ter na nossa vida. São verdadeiras fontes de luz e energia positivas que nos ajudam nos percalços que se nos apresentam pela caminhada.
As pessoas felizes são aquelas que valem a pena ter por perto. Há coisas que o tempo leva, mas que nunca passam. Há coisas que o tempo traz, mas que nunca ficam.
As pessoas felizes são empenhadas, não nasceram com tudo feito. Tiveram de construir as suas escadas, a fim de que pudessem subi-las degrau a degrau. As escadas já feitas deixam as mãos macias e as mãos macias não seguram a vida. Deixam-na escorregar por entre os dedos.

17-10-2019
Graziela Veiga
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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