Anda muita gente preocupada com a divisão no PSD. Mas qual é o partido que não tem ou nunca teve divisões internas?
Falam alguns aqui no Facebook do alto da sua ética insuspeita, dando conselhos para serem seguidos na casa dos outros. Mas quando as dificuldades lhes batem à porta também os vemos com as calças na mão.
A divisão significa que nem toda a gente pensa e age da mesma maneira.
O problema são as intrigas, dir-me-ão. E eu sugiro: apontem-me lá uma coletividade cujos membros nunca dissentiram entre si. Só mesmo naquelas que foram perdendo fôlego e já não têm atividade é que não se discute. Mas até nesses casos as opiniões divergem.
Lembro-me de uma situação em que o presidente de uma assembleia geral convocou sucessivamente os sócios para a eleição dos corpos gerentes.
Após várias convocatórias sem sucesso resolveu desencadear o processo de dissolução da associação em causa.
Resultado: foi logo vilipendiado por aqueles que nunca punham lá os pés!
Deixem o PSD discutir-se! Não se escandalizem, hipocritamente.
Escolhido o caminho após o debate exija-se, então, colaboração de todos, deixando, porém, espaço para os que, não se revendo no programa aprovado, metam a viola no saco.
E esteja-se preparado para ouvir vozes discordantes aquando do exercício do poder, dentro do partido ou em funções governativas, pois é do confronto de pontos de vista que se apuram as melhores soluções e se encontra o estímulo que previne a negligência.
Não faço apelos nem contribuo para consensos quando se quer aplicá-los no tempo em que a discussão deve fazer nascer a luz.
Por isso é que sou democrata e não moralista em causas alheias.
P.S - Pelas razões expostas defendo que coligações, quando necessárias, devem ser feitas após as eleições e não antes. Já fica dito o que penso sobre a forma como o PSD do Faial se deve apresentar nas Autárquicas de 2021.
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